domingo, 27 de fevereiro de 2011

Eu desconfio

Não acredito que o movimento contestatário que tem operado mudanças nos países do norte de África seja singelo nascido na cabeça de jovens utilizadores das chamadas “redes sociais”.
Estou incrédulo que as ditas redes por si só tenham capacidade para tal mobilização.
Eu que sou Des confiado não me convenço que estes movimentos não tenham nascido após várias reuniões preliminares e finalmente numa sala com uma mão cheia de representantes dos “cães grandes”.
Pasmo ao ler que a China condena a intervenção das forças pró Muammar Gaddafi, estranho o silêncio de Israel, da mesma forma que não entendo o mutismo da Al Qaeda, não ouvi ainda (porque se calhar estava distraído) nenhuma declaração do primeiro ministro inglês sobre a situação na Líbia.
“O ex-ministro da Justiça da Líbia revelou ter provas que implicam directamente Muammar Kadhafi no atentado de Lockerbie que fez 270 mortos em 1988.”, vem agora o ex-ministro mandar bocas, agora? Os “bifes” já perdoaram, precisavam do petróleo líbio.
Só me convenço que todos estes movimentos de massas são espontâneos se a acção chegar à Arábia Saudita e os Estados Unidos da América, e as “potências” europeias, se manifestarem como têm feito até aqui, apoiando os revoltosos.
Querem a minha opinião?
Estas “revoluções” destinam-se a travar o avanço dos islamitas, a criar uma muralha que evitará ataques a países (amigos) vizinhos, a travar a emigração clandestina para a Europa, e a colocar nos pontos-chave governos de confiança.
Mas isto sou eu a lucubrar, eu que sou Des_confiado.

3 comentários:

  1. Eu sou menos desconfiado, porque acredito que o início foi mesmo espontâneo e que alastrou devido ao desejo de mudança, em resposta à miséria e repressão lá existentes. Depois é o efeito das massas que se torna imparável, e que serão naturalmente aproveitados por quem tenha organização.
    Quanto aos países ainda não atingidos, e igualmente com problemas idênticos, já tiveram tempo para "adoçar" a boca aos potenciais revoltosos e estão a tentar passar entre os pingos da chuva.
    Cumps

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  2. Só um comentário.
    Não estranho o silêncio de Israel, entendo perfeitamente o mutismo da Al Qaeda e o silêncio sobre a ditadura saudita.
    As coisas são tão claras que até vou comprar uns óculos escuros para não me arder a vista.
    Continua que vais por bom caminho.
    Estás quase no ponto.
    Abraço,
    A.M.

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  3. Os ditadores são uns líricos!
    Se um homem não manda em sua casa, como pode poensar em mandar, sózinho, no seu país?
    Figas

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