quarta-feira, 3 de julho de 2013

VERTENTES

VERTENTES
Das vertentes das montanhas
Descem correntes d’água,     
Que formam marés tamanhas,
Que pelos rios chegam à foz
E fazem largo mar!

Das vertentes dos nossos olhos
Descem rios de lágrimas;
Rios de mágoa do mar da tristeza
Que há em nós!

Se rios fazem mares,
Rios de lágrimas
Das nossas tristezas,
Das nossas ilusões,
Dos nossos desenganos,
Lágrimas não fazem só mares,
Mas sim oceanos,
Com grandes monções,
Onde se afogam amores
E corações!

Por que é que choramos?

Será que chorar é fazer mar
Para o barco da tristeza navegar?
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Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
 (Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar