sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Fio de luz

FIO DE LUZ
Fiquei preso a um fio de luz,
Que me amarrou ao azul
Com um nó verde,
Ficando amarelo
Com o castanho do outono!

Eu pertencia a mim,
O fio azul, sem dono,
Levou-me,
Escondeu-se atrás do cinzento,
Não me largando!

O azul é bonito,
Mas, também satura!

Foi quando um raio
Cortou o nó verde,
Que me soltei do azul
E caí no castanho da terra,
Que também satura!
Por isso, d’outra cor da vida,
Ando à procura,
Que me amarre enquanto não satura!
……….xxxxxxxx…………
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
Uma Coordenada
Sou coordenada andante,
Ambulante,
Na vida a percorrer
Longitudes, latitudes diferentes,
Nunca sou o mesmo!

Nunca no mesmo sítio estou
De corpo e em pensamento!

Se ando por aí
É porque alguém me empurra
Enquanto ando por aqui,
Em coordenadas diferentes,
Nunca numa só!

Andarei, sempre
No ar frio ou quente,
A fazer o que sempre gostei;
A turistar!

Junto de vós, mesmo ao respirar,
Estarei presente!

Nunca estareis sós.
Faço parte de vós;
Do mesmo pó!
……….xxxxxxxxxxx………..
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

Troca de vogais nas fadas!

Troca de vogais nas fadas!

Quando de mim por aí saio
E volto a ser catraio,
Meus olhos saltam das órbitas, de espanto,
Ao ver o que o mundo que dizem que foi,
Que agora é
E do que talvez venha a ser,
Claro que para sempre melhor!

“para quem o torna pior”,
Penso eu,
Quando, para meu maior espanto,
Meus olhos, nas
Saem das órbitas,
Com quebranto,
Ao verem tanto desenvolvimento!
Tanta evolução!
Que leva os homens
A viverem com máscaras de gás
Contra a poluição que o Homem faz!

Todavia,
O petróleo dá boa poesia
De ser contra a pena de morte;
Hoje em dia imoral,
Já não se justifica,
Porque o mundo
Já é uma câmara de gás global!
Mas é bom ser criança,
Ouvir histórias da carochinha
E ter esperança!

Os problemas surgem quando
As crianças deixar de achar piada aos contos,
Entre os quais os das fadas,
E trocam as vogais!
Foi o que m aconteceu a mim!
Não sei se tarde de mais,
Porque quando de mim saio
E volto a ser catraio
Feliz não volto a meu canto,
E solto tristes ais
Quando das fadas troco as vogais!
………………….xxxxxxxxx……………..
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar