quinta-feira, 31 de março de 2011

Metalúrgico «Honoris causa»...


Lula da Silva, o metalurgico que se tornou presidente do Brasil e que depois de ter enfrentado com êxito o FMI colocou o Brasil num patamar de excelência, nos domínios económico e financeiro, é um exemplo paradigmático. Condecorado pela universidade de Coimbra com o título honoris causa, justíssimo, frise-se em abono da verdade,  é o protótipo do self-made-man que sobe a pulso, sem linguagens gongóricas, sem floreados na verbe, sem medo de dar murros na mesa e chamar os bois pelos nomes...
Alguns  notáveis de meia chinela acusavam-no de ser boçal, inculto, pouco letrado. Mas vemos tantos com esses predicados e só sabem mentir, aldrabar, sacanear o povo.
Teve problemas graves (mensalão, sanguessugas e afins...), mas saíu  por cima e atestou a sua capacidade de liderança falando a linguagem da VERDADE.
Nós precisamos de gente assim. Já estamos fartos de quem usa linguagem engravatada, distribui sorrisos dentífricos, grita histericamente afirmando-se mais sério que todo o mundo e arredores...

Neste conturbado momento Portugal precisava de um PR assim, sem papas na língua, sem medo de dizer as verdades que se impõem, cortando a direito mesmo que alguns sejam da sua própria entourage...

Grande Lula, és a prova de que nem todas as silvas são daninhas...

terça-feira, 29 de março de 2011

domingo, 27 de março de 2011

Gente fina (do capital) é outra coisa

O ex-banqueiro Paulo Teixeira Pinto casou a filhinha.
"Ao enlace assistiram várias figuras de destaque da sociedade portuguesa como Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho, D. Duarte de Bragança, Ramalho Eanes, António Mexia, entre outros." (DN/on-line)
Sou levado a crer que é mesmo o dinheiro que move o actual Presidente da Républica Cavaco Silva, ou será que o ex-banqueiro, ou a filha, são mais importantes que José Saramago?

sexta-feira, 25 de março de 2011

A viagem do Figas

Este texto é posto aqui, é por mera prevenção, pois tentei ligar pelo fixo e pelo tlm, mas não consegui nada. Pode ser a minha que leia da minha impossibilade antes das 09h40.



Olá Mata. Estou muito triste. A prevenir liguei á CP  e de lá informaram-me que não amanhão haveria o Alfa que chegaria às 09h40 e que o Intercidades que chegaria aí às 10h58 também não seria certo.
Sendo assim, não vou arriscar cenas do faz que vou mas fico. Desculpa lá, mas para outra vez será!

Engraçado, que quando ia a pegar no tlm para te dar a  triste  nova, constatei que me tinham roubado o dito. Um desgraça nunca vem só!
Olha, desejo-te que relaxes  o melhor possível, que eu fico por cá "curtindo" a greve e o roubo do tlm. Cumprimentos à tua esposa e saúde da melhor para vocês.
Um abração do Figas

No melhor pano cai a nódoa

Eduardo Barroso não se importa que o dinheiro para o Sporting venha da lavagem.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Cai ou não cai Governo e que diferença hai?

Cai ou não cai? Se caír é rei morto E logo novo rei posto! Mas um Governo É como qualquer mosto, Que para dar bom vinho Tem de ser tratado com saber, Com gosto, com carinho, Não poder apanhar muito ar, Senão pode azedar! Azedado o do Governo já está! Precisa-se dum vinho novo, Duma nova colheita, Mas com os tratadortes que há Depressa terá maleita! Por isso é que Portugal; Terra de boa pinga, Nenhum Governo sabe fazer bom vinho, Embora em tempo de festa Abram boas garrafas, Mas das vinhas de qualquer partido, De qualquer Governo, Ao Povo só dão zurrapa, Que não presta! Podem mudar de tratadores, Tudo será como era, A vinha de qualquer partido Está cheia de filoxera! Mesmo que se mude de Governo Vem aí tempo de muita mágoa, O pão será pouco e pequeno E o melhor é beber só água Porque vinho, Que vier de qualquer partido De qualquer Governo, Se bebido, mesmo pouquinho, Pode ser mortal veneno! Mas cai ou não cai? Se caír ....digam-me a diferença que hai. ...........xxxxxxxxxxxxx............ Autor: Silvino Taveira Macado Figueiredo Gondomar

terça-feira, 22 de março de 2011

Cavaco Silva também já é o meu presidente, ou, o poder da mente.

Há uns tempos encontrei-me com um amigo de infância a quem miraculosamente alguém descobriu “poderes”.
A fama do Rocha como extra-sensorial deixou a cambada que, como eu, o conhece desde o tempo da carteira da escola de queixos caídos, “o rocha quê?”, “só pode ser brincadeira” comentávamos todos.
O certo é que o Rocha se “monta” num Mercedes topo de gama, vive numa moradia que mais parece um castelo na zona das praias, e quando se passeia pelos Guindais, onde nasceu e cresceu, distribui notas de 5 euros como quem dá milho aos pombos.
Encontrei-o há dias numa das minhas regulares incursões às origens, foi à porta da confeitaria Paulista, ali ao lado do Café Batalha junto à Praça da Batalha.
“Rocha, que é feito de ti pá? Disseram-me que estás bem de vida, então agora és bruxo?”, perguntei eu.
“Faço pela vida”, disse-me ele…
Abraçamo-nos, rimos e fomos tomar café.
No espaço de 100/150 metros encontramos novos e velhos que nos reconheceram, passados muitos minutos lá fomos tomar um café ao Batalha e eu, logo que pude, questionei o meu colega de escola primária.
“Oube lá ó Rocha, ando aqui lixado com dores nas articulações, tu, a quem todos reconhecem domínio do sobrenatural, não me podes ajudar?”
“Zé, é tudo uma questão mental. Se te doer a cabeça concentras-te e mentalizas-te que te dói um pé, vais ver que consegues, mais tarde, convences-te mesmo que não tens dor nenhuma”.
Há anos que sinto estranheza quando ouço chamar a Cavaco Silva “Presidente de todos os Portugueses”.
Quando ganhei consciência política, após o 25 de Abril de 1974, revi-me em todos os presidentes democraticamente eleitos, mas Cavaco Silva não se enquadrava nos parâmetros que eu, um leigo, pré estabeleci, até hoje.
Hoje, e valendo-me do poder da mente que o meu amigo Rocha estimulou, ao ouvir o elogio do Presidente ao falecido Artur Agostinho, concentrei-me. O incenso presidencial foi para José Saramago e até consegui transferir para o pedófilo Carlos Cruz os comentários bajulares de Artur Agostinho a Salazar.
Politicamente, sinto-me muito melhor, porque o raio das dores nos ossos, essas não me largam.

segunda-feira, 21 de março de 2011

«Odisseia ao entardecer...» a operação que há-de vir...


Ele convocara os dois líderes a S. Bento. A campanha eleitoral decorrera com inusitada virulência, a crispação atingira níveis nunca vistos. Acusações e mais acusações. Algumas fundamentadas, outras nem por isso. O povo, juíz supremo, decidira e estava decidido.
Ele, PR, cumpriria a sua obrigação. E assim foi. Começou por dizer:
__Há que enterrar os machados de guerra. O cachimbo da paz é preciso, a dívida subiu em espiral e agravou-se com esta campanha medonha. Os mercados refletiram o rol de acusações que cada um dos beligerantes  usou como arma de arremesso eleitoral. O país, que estava de tanga, que vivia a pão e água, ficou ainda pior. Vocês têm de dar as mãos, acabar com as crispações, devem dar uma imagem de dois remadores sorridentes e esforçados sorrindo para o timoneiro, que sou eu. É disso que o país precisa, e olha para vós como única tábua de salvação...sois a luz ao fundo do túnel.

Sócrates e Pedro Coelho sorriram. Tinha acabado o combate e o vencedor não ficara muito distante do vencido. A concorrência ficara a grande distância, como já era hábito... Cumprimentaram-se, deram um grande abraço e disseram em uníssono.
__Conte connosco, Presidente!
Este atalhou:
__Já agora, como a situação se degradou, sei que o PEC se torna cada vez mais necessário. As medidas a implementar não poderão ser iguais às do PEC 4. Há  que ter em conta a situação do doente. Uma aspirina já não surte efeito. Há que medicar forte. Dose de cavalo... senão... os mercados voltarão a chicotear-nos como tem sido hábito.

Sócrates concordou E foi mais longe:

__Agora,  a situação é diferente. Já estou arrependido de não ter reccorrido em 2010 ao FMI Andamos a ser castigados impunemente.Aceito o recurso ao FMI. O contexto aletrou-se e temos de fazer ver isso aos portugueses. O acto eleitoral teve custos diretos e indiretos altíssimos, alguém vai ter de pagar. Ninguém do estrangeiro nos irá dar de mão beijada aquilo que gastámos.
__E quanto mais depressa melhor__ripostou Pedro Passos Coelho.
Cavaco Silva piscou os olhos, como o faz  sempre, quando está nervoso e inseguro e titubeou:

__Meus amigos, eu fecho os olhos. A coisa está preta. Esqueço as declarações que Sócrates proferiu antes do combate eleitoral. Tenham juízo e portem-se bem, senão... Lembrem-se que andamos todos ao mesmo...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Insisto! Ora vamos lá!

Nos dias 24, 25 e 26 da próxima semana estou a carregar as minhas baterias de lítio em Vila Nova da Barquinha, visto que em função da grave crise de incredulidade que me assalta quanto a qualquer hipótese de salvar o barco em que todos navegamos, só naquele sítio encontro os respectivos carregadores.
Assim, se “vocemecês” estiverdes para aí virados, a data não for inoportuna e o vosso fundo de maneio der para as despesas inerentes, terei muito gosto em “ciceronar-vos” na busca do sável ou da lampreia… no prato.
Continuo por aqui à vossa disposição para mais pormenores. Reitero o prazer que sentiria com a vossa participação neste particular convívio. Saudações, A.M.

quarta-feira, 16 de março de 2011

E agora?

Filho de Kadhafi diz que «rebelião acaba dentro de 48 horas»



Kadhafi terá financiado campanha de Sarkozy


Sarkozy pede que ONU adote zona de exclusão aérea sobre a Líbia

MARINHO PINTO - Um soco no «SISTEMA»


O bastonário da ordem dos advogados deu um murro no estômago do sistema judicial.; sem papas na língua acusou a justiça de ser co-responsável pelo estado a que chegámos. Falou grosso. Apontou o dedo a várias feridas. Que de imoralidades, que de compadrios, que de corrupções andam por aí à solta e estão na génese da etiologia reinante. A patogénese desta sociedade imoral e corrupta também tem o seu caldo de cultura na justiça e nos seus agentes. O cancro económico-financeiro vai alastrando, alastrando...

Há fortunas incalculáveis que surgem como cogumelos, sem que se saiba a sua origem. Mesmo adentro da esfera judicial há casos que cheiram a esturro. Há gente que branqueia, iliba, faz vista grossa, usa certo laxismo calculista com fins inconfessáveis. Há prescrições feitas à medida. Tal como há empreitadas feitas `à medida para certos empreendedores, normalmente amigos do ambiente... político reinante.

Impera um clima de facto consumado, de «salve-se quem puder», de impunidade total. Para alguns, claro.
Há um homem preso por ter escrito uma declaração de amor numa parede (que apagou, posteriormente) por não ter dinheiro para pagar a coima...

Há banqueiros e gente da classe política a usufruír mordomias sem conta, sem que se vislumbre um resquício de ameaça à sua integridade económico-financeira!

O Zé tudo pagará, depois de ser espremido até ao tutano! Tudo ficará a seu cargo, como bem ironizava Rafael Bordalo Pinheiro com as suas charges humorísticas, que estão cada vez mais actuais. A crise só ataca alguns. Os políticos e seus acólicos da empreiteiragem nadam no mar da prosperidade.
Os generais parecem bandos de pardais esvoaçando nos gabinetes da capital, sem ousarem tugir ou mugir por que também comem do milho orçamental. À grande e à francesa!
Por vezes, para não parecer mal, mandam-se instaurar inquéritos__ sim, sim, só pra inglês ver!

Sócrates igual a Vasco da Gama!





Sócrates igual a Vasco da Gama!

Portugal, para estar mais seguro na Europa e não estar tão ameaçado pela anexação a Espanha, cedo pediu ajuda aos Ingleses e com eles fez a que é hoje a mais velha aliança do Mundo. País pobre, vivendo só da terra e das pescas, mas vendo, graças ao negócio das especiarias, vindas por terra, a prosperidade das cidades italianas, tendo o mar em frente e príncipes de ascendência inglesa, habituados à largueza dos mares, logo D.João II encetou a saga de descobrir novos mundos, mais negócios, mais fundos! Nisso estava a sobrevivência da Nação! Só que para desconhecidas rotas tornavam-e necessários serviços de bons pilotos para guiar a frota de Vasco da Gama, que teve mão forte contra a rebelião das tripulações, mas a sorte favorece os audazes e eis que ainda na viagem incerta, mas já na costa oriental arranjou pilotos árabes que o levasse ao porto final; Calecute.

Estava descoberto o caminho para a Índia e com ele a vinda das especiarias, que enchiam os Armazéns da Casa da Índia, em Lisboa, autêntico hiper-mercado, que depois abasteceria o norte da Europa, originando assim o enriquecimento da burgusesia portuguesa, desacelerando a italiana.

Depois deste intróito, Sócrates, actualmente comandante da frota portuguesa, em mar encapelado, procura dobrar o Adamastor da governação, mas precisa de bons pilotos que saibam de rotas favoráveis, tanto podem ser árabes, indianos. europeus ou americanos. Naturalmente, que a tripulação da sua frota está descontente, mas ninguém está disposto a sacrificá-lo no mastro maior, porque aí a navegação ficaria  pior, com tsunamis pela frente! Sócrates é forte, não sofre de escorbuto. Ainda vai encher novamente, os Armazéns da Casa da Índia,  com a venda das especiarias dos Magalhães e outras mais!

O resto são apenas ventos que uivam, que parecem cães a ladrar, enquanto que Sócrates, como Vasco de Gama, continua a navegar. Só tem que ter cuidado com a malária e evitar Cochim, que o pode matar.
Mas isso ainda demora.Os coelhos têm muito que correr e saltar, a ver o Sócrates a navegar!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)

terça-feira, 15 de março de 2011

Estavamos em 2005

Em Portugal
Monteiro de Barros quer construir central nuclear
O empresário português anunciou, esta quarta-feira, que vai apresentar ao Governo uma proposta para a construção de uma central nuclear em Portugal, em conjunto com um grupo de investidores portugueses.
O grupo de empresários pretende construir uma central nuclear de última geração com recurso a fundos exclusivamente privados.
Monteiro de Barros considera que a opção nuclear é inevitável para Portugal fazer face à elevada dependência que o país tem do petróleo, numa altura em que a sua cotação chegou já aos 60 dólares por barril.
Uma opção que, segundo o empresário, tem as vantagens de reduzir a dependência do exterior, diminuir o saldo da balança de pagamentos, cumprir os compromissos de Quioto de redução das emissões de gases de estufa e, fundamentalmente, contribuir para a criação de riqueza nacional ao fornecer uma electricidade mais competitiva utilizando o urânio.

COMENTÁRIO MAIS VOTADO

Com tantas vantagens vamos lá ver se os iluminados do governo não se lembram de se opor porque são capazes de perder alguns subsídios que lhes enche o tacho todos os meses. Já estamos no sec XXI acidentes com energia nuclear são raros não há razão para ter medo, podemos ter medo é se não fizermos nada e deixar o país à deriva. Força Portugal, esta expressão não serve apenas para o futebol.
Miguel Antunes

(in Correio da Manhã)

2011

segunda-feira, 14 de março de 2011

Alto, aí pára!

A liga árabe manda polícia de vários países para
o Bahrain...                                                            
Comparem esta gente com Kadafi
Ou esta paisagem com a Líbia.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Hoje não como!

Hoje não como papas,
Também não como bolos,
Alguém já tudo roubou
Para enganar tolos!
Que hei-de comer, então?
Comer sonhos e ilusôes,
Que são a fartura desta nação!
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Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar

Em quem acreditar?

E a duvida fica, em quem acreditar? 
Em Cavaco Primeiro-Ministro ou na mesma figura Presidente?
Recordemos que Cavaco Primeiro-Ministro mandou polícias bater em polícias, ordenou que se interviesse no bloqueio da Ponte 25 de Abril onde o ministro da administração interna aterrou de helicóptero e as forças de segurança usaram balas reais tendo como consequência mais grave um jovem tetraplégico para toda a vida.
Foi ainda um governo de Cavaco Silva quem ordenou o aumento das propinas originando o descalabro a que se assiste hoje.
No discurso da segunda tomada de posse o senhor Silva não ousou beliscar as forças representativas do capitalismo selvagem em Portugal, seria porque todos eles estavam em cartazes da sua campanha eleitoral?
Chego a pensar que a manifestação programada para o próximo dia 12, a da “geração à rasca” é mais uma manobra do Lima, o das escutas em Belém.
Uma coisa é certa, o tal Lima continua lá, em Belém.


Um cavaco armado em pau duro!

Um cavaco armado em pau duro!
O Presidente da República, não de todos os portugueses, no primeiro mandato estava disfarçado de cordeirinho, um simples cavaco que queria cooperar e servir de alavanca para a prosperidade de Portugal, mas, como no nosso sistema quem governa é o Governo e não o Presidente, a pouco e pouco começou a ficar descontente por não ligarem aos seus recados. Agora, no segundo mandato engrossou a voz, e em vez de cavaco que é parece querer armar-se em pau duro, para dar bordoada e incitar ao sobressalto civil! Uma novidade europeia!
Pergunto: Ele estará bom da cabeça? Tem acompanhamento médico?
Foi um discuso indigno dum Presidente, pois seu discurso devia procurar a concórdia entre os portugueses e estimular os partidos numa convergêrcia pragmática na resolução dos problemas vindos do estrangeiro e de antigas asneiras necionais de que ele também foi culpado. Isto de ter um presidente que incita ao sobressalto civil, com mais um esforçozinho temos aí uma revolução, com um cavacao armado em pau duro!
Mas, atenção, quem vai guerra dá e leva! É isso que quer ou será melhor ir ao psicólogo?
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

CANÇÃO PARA A EUROVISÃO


Os Homens da Luta ganharam. Canção de intervenção ironizando pedagogicamnte com o passado, mas de pertinente actualidade. Tomei a liberdade de fazer algo irreverente, hino nacional brejeiro para europeu ouvir. E se os Homens da Luta gostarem da letra, autorizo-os a brindarem a Europa com este HINO NACIONAL irreverente, útil, pedagógico e em forma de protesto face ao contexto que se vive...
Arriscam-se a ganhar o Festival!!!


EUROPEUS, VINDE CÁ VER

Europeus, vinde cá ver
Um País sensacional
Jovens lindas de morrer
Vinhos são de enlouquecer
Beber... e chorar por mais!

Europeus, vinde cá ver
O nosso sol brilha mais
O Douro, lindo, a correr
Parece mosto a ferver
Não olvidareis jamais...

É fixe este Portugal
Ninguém lhe resiste, não;
Algarve é descomunal
Paraíso terreal
Doce mar, quente paixão.

O Minho é verde demais
Paisagem luxuriante
Mulheres belas, sensuais,
Bagos tão doces, carnais,
O Minho é inebriante.

Lisboa é um tratado
Na arte de receber
Povo galante, educado,
Ensina a cantar o Fado
Ginja... gosta de beber...

E Coimbra é uma lição
O mundo inteiro conhece
E tem o raro condão
De inspirar forte paixão
A quem por lá aparece...

O Porto, invicta cidade,
Que o S. João enlouquece
Bastião de liberdade
A todos deixa saudade
Sol que eternamente aquece!

Europeus, vinde cá ver
Braga, Figueira ou Aveiro,
Portugal é, podem crer,
Maravilha a não perder,
Sonho real, verdadeiro...

Temos sável e lampreia
Monumentos, obras de arte,
Cá o sol namora a areia
É tão bela a lua cheia
Que enche a alma de quem parte!

Europeus, vinde cá ver,
O castelo de Almourol
Passear num moliceiro
Em Angra, num baleeiro
Contemplar... o por-do-sol!

Portugal merece mais
Dos europeus atenção
Nossos heróis imortais
Ao mundo abriram portais
Deram civilizaçao!

Nove séculos já temos
Barbas brancas, veneráveis,
Mundo inteiro percorremos
Vencidos?! Jamais seremos
Dívidas são... incobráveis!!!






quarta-feira, 9 de março de 2011

Kadafi, amigo, o povo está contigo!

Ele parece saber muito melhor o que se passa aqui do que nós o que está acontecendo lá.
Agora digam que ele é um mentiroso.
A.M.




Quem em qualquer dia
quiser comer lampreia
pode vir a Gondomar,
ficar com a barriga cheia
e  vazia a carteira
mas de gosto a arrotar!

Venha a Gondomar
e a lampreia arrote,
o vosso arrotar
dá-nos mais sorte
e ajuda Gondomar
a pagar o calote!

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulher

        


Tentar abarcar
em alguns versos, melodia ou canção...
Não é tarefa fácil para quem tenta defenir...
Que ao ser mulher, é uma torrente de emoção!
Delimitar e ao mesmo tempo expandir
Quando a fera ama ou se encontra ferida..
 quando se ergue com a coragem do seu viver...
ou  tem nas  garras a sua força destemida!
O coração é o seu grande mentor
e com ele a sensibilidade que em si tudo emana,...
com autenticidade entrega e amor
ela dá tudo ao ser que mais ama!
É o  ser mais complexo , e não há manual de orientação,
Terá que existir aguém  a ter a ousadia
de se enlear nos seus meandros por vezes… sem razão...
E numa torrente de emoção a vida se esvai... e irradia
Ao atingir  essa missão !
Somos fortes destemidas
Com garras e dificeis de domar,...
Mesmo que no  vai-vem das circunstâncias poderemos ser amolecidas
mas a razão será o nosso mentor... pois só terá justificação no grande verbo "Amar"





by korujita


A todas as MULHERES :) E A QUEM AS ESTIMAM :)

BIJALHUFAS E CHUARECKS

segunda-feira, 7 de março de 2011

ECONOMIA NUA E CRUA


A esta só lhe restam os anéis e os colares...
Portugal também vai vendendo tudo até ficar sem cheta...

A economia portuguesa qualquer dia está como a da Guiné portuguesa: a viver de mão estendida e sem grandes hipóteses de fugir dessa mendicância que se vai eternizar no tempo...
Claro que nós somos «primeiro mundo», temos tecnologia, ensino mais sofisticado, infraestruturas modernas, acesso a bens de qualidade e serviços de excelência.
Temos? Alguns ainda vão tendo... mas pelo andar da carruagem daqui a uns anitos a porca vai começar a torcer o rabo...e de que maneira!
A questão de fundo é esta: não se trata de mais ou menos Estado, para equilibrar o orçamento e começar a reduzir a dívida soberana. Trata-se de melhorar o Estado, racionalizá-lo, expurgá-lo de sumptuários gastos, de mordomias supérfluas, enfim,  é preciso sanear a alma do Estado!
A corrupção é o caldo de cultura que está na génese da nossa patologia economicofinanceira. As câmaras municipais fazem empreitadas por ajuste direto beneficiando sem margem para dúvidas os agentes económicos que prometem contrapartidas. Para financiar as campanhas e não só... talvez até os proprios candidatos... O governo faz o mesmo, os governos regionais preocupam-se mais na eternização do poder, angariando fundos e compromissos eleitorais, do que  em gastar racional e proficuamente os dinheiros públicos. O primado do eleitoralismo está aí só não vê quem não quer. O poder a qualquer preço, fins justificam meios! Democracia mascarada, abastardada...
Marinho Pinto falou agora nas «comissões ilícitas» dos partidos. Maria José Morgado falou há tempos no maior imposto que neste país se paga: o imposto da corrupção!
Os tribunais são entidades desacreditadas, em que algumas figuras de proa, sabe-se bem, procuram nos partidos o alicerce para a subida ao topo, protegendo aqui e ali os principais dirigentes, não mandando investigar a fundo, protelando decisões, fazendo vista grossa a casos que o comum dos cidadãos sabe e tem a convicção profunda que se fossem devidamente investigados teriam outro desfecho.
A própria PJ queixa-se de asfixia financeira para actuar. Sobretudo os casos mais melindrosos ficam quase sempre em «águas de bacalhau»...
Poucos presidentes de câmara são apeados pela força da justiça. Um já falecido fiscalista dizia à boca cheia que havia magistrados «capturados» pelo poder local. E todos sabemos que é bem verdade. Sente-se no ar um cheiro nauseabundo que só não incomoda os principais protagonistas e os beneficiários deste ambiente hiperpoluído...Eles chamam-lhe perfume...
Dizia o legislador há cerca de vinte anos que as empreitadas acima de vinte mil contos deveriam ser alvo de concurso público. Porquê?
Segundo essa figura, prudente e avisada, profundamente conhecedora da mentalidade reinante, era um valor substancial e poderia dar azo a tentações. Agentes políticos e económicos poderiam fazer cambalachos e lesarem o Estado distribuindo favores entre si.
Agora, esse valor anda próximo dos cinco milhões de euros... a fasquia subiu. Será que a honestidade dos políticos é ultraresistente? Só caem em tentação acima desse valor?!
 A verdade nua e crua é que vemos todos os dias surgirem fortunas do nada, autênticos vigaristas, desde batateiros até sucateiros de meia tigela aparecem envolvidos em negociatas em que o Estado é lesado de forma escandalosa e os beneficiários são eles próprios (e, por arrastamento cúmplice...) aqueles que lhes abrem as portas dos centros de decisão.
Depois há as listas de prendas pelo Natal e os quilómetros e quilómetros de notas que são entregues por baixo da mesa aos traficantes de influências que todos conhecem: «boys e girls» com acesso privilegiado aos detentores do poder...Pagos a peso de oiro: pour cause...
A direita e a esquerda rivalizam nestas estratégias subterrâneas e submarinas...
Surgem como cogumelos os sobreirogates, os submarinogates, os correiogates...
Enfim, o FMI virá aí, estará aí ao próximo virar da esquina.
Vao jurar a pés juntos que tudo fizeram para o evitar, verter lágrimas de crocodilo, mas, na prática, fizeram tudo que justificasse a sua vinda, a sua tutela que ainda mais vai encher de vergonha a pátria mendiga, a roçar a bancarrota. Depois da tutela da UE teremos esta ainda mais gravosa...
Contabilidades criativas, desorçamentações canhestras, sonegaçãos de dados ao órgão fiscalizador (que nada fiscaliza... na prática...), enfim, uma legislorreia sem regras, sem poder coercitivo, que mais é um incentivo ao crime, à corrupção larvar, do que um entrave.
A verdade nua e crua  está aí, conduzir-nos-á a um governo de salvação nacional, com este ou outro nome pomposo, que cortará forte e feio, pagando o justo pelo pecador, tudo fruto da ganância de uns patos bravos arvorados em  governantes  que souberam governar-se (a si e aos seus apaniguados mais directos...) mas deixaram o país de tanga.

rouxinol de Bernardim
Vila do Conde,  2011.03.07

Nem Deus o fez perfeito nem o Homem o acaba" (Para ateus)

(Só para ateus) "Nem Deus o fez perfeito nem o Homem o acaba!" « em: Março 04, 2011, 18:56:36 » Citar -------------------------------------------------------------------------------- Deus Já um pouco velho, De ser Deus único já cansado, Decidiu, Para se entreter, Arranjar um biscate de reformado para Aumentar seu ordenado! Foi às Finanças, Para ser inscrito E, com a devida autorização, Investir e iniciar a exploração em qualquer ponto do Infinito! Deus, Chegado a um ponto, .....pronto, criou o Mundo, com um jardim, onde cultivou flores de esperanças para abastecer o mercado, enfim, para se entreter do ócio de reformado! Todavia, Como ao Paraíso fazer manutenção era preciso, Deus colocou na imprensa sideral Um anúncio num jornal, Onde, Para cuidar do jardim precisava dum casal Para tratar do quintal Onde havia muita fruta, Mas com cuidado, Com muita atenção, Porque havia uma condição astuta! Porém, Deus, como “bom patrão”, Não deu formação profissional! Não desperdiçou capital! Adão e Eva, Único casal candidato, Em busca do primeiro emprego, Amandaram-se sem medo, De nada sabiam, E do que viam tudo comiam, Achavam coisa natural, Não conheciam regras de dieta Nem da divinas tretas! Mas foi um caso chato! Por Deus castigados, Expulsos, ...odidos e mal pagos e sem direito a subsídio de desemprego! Deus não era cego, Mas, afinal, Não tinha feito um mundo perfeito, Obrigou Adão e Eva, E seus descendentes, A trabalharem nos “acabamentos”, Mas, a cada erro cometido, Deus obrigou-os a pagar por cada pecado E a mostrarem-se arrependidos! Não havia Democracia, Deus tudo decidia, Perdoava ou castigava Mas sempre se divertia! Os filhos de Adão e Eva Têm pensado em organizarem-se num grande E universal sindicato, Mas logo Deus só permite o poder do Omnipotente Poder da Mundial Confederação do Patronato! Quando os filhos de Adão e Eva, Pensam em fazer manifestações E reivindicações, Logo aparece alguém, Que em nome de Deus, Que a todos só quer bem, Diz: (com voz doce) -“Meus Filhos. Vá lá. Acalmem-se. Nada de manifestações. Nada de reivindicações. Rezem. Rezem muitas orações, Ide a Fátima, com fé. Se não tiverdes dinheiro para bom vinho, Tende paciência, Bebei água-pé. Valha-vos Deus” Os filhos de Adão e Eva então perguntam: -“ Porque é que Deus não fez um mundo só para ele e para os seus e não deixa em paz os ateus?” O que não está certo, Moralmente incorrecto, É Deus fazer um mundo imperfeito, Inacabado, Pôr nele os homens a trabalhar E viver de cada pecado cobrado! E o Mundo, Por Deus orientado, Está neste estado!: Como Ele quer! Se algo está mal, O Homem é que é, sempre, Por Deus culpado! Embora Deus Não tenha acabado do Mundo sua construção, Exige que o Homem o faça E nele viva com perfeição! Felizmente, Que o Homem já percebeu que, Com um Deus arquitecto, Já um pouco velho, De ser Deus único já um pouco cansado, Por mais que faça, O Mundo nunca estará acabado E haverá sempre alguém; Deus e outros a viverem do Pecado! .................xxxxxxxxxxxxxxx................. .............. Autor deste inédito: Silvino Taveira Machado Figueiredo Gondomar-PORTUGAL (feito em 22/04/2001 e lido num dos armazéns da marginal, em Gaia, num sessão de poesia, organizada pelo saudoso Dr. Fernando Peixoto, a quem dei uma cópia) Tags: Poesia ateísta

domingo, 6 de março de 2011

Cidinha Campos

Deputada do PDT em acção Não deixa de ser interessante comparar a diferença entre o estilo desta intervenção e aquele que é usado pelos nossos parlamentares. Já quanto ao tecido que compõe as duas assembleias, a deles e a nossa, parece não existir nenhuma diferença.

Desta vez gostei dos gajos pá!

Não sou grande simpatizante dos “Homens da Luta” porque tal como a maioria dos políticos da nossa praça cingem a sua acção à capital,
gosto mais do emplastro que também corre atrás das câmaras de televisão mas fá-lo por toda a parte.
A vitória dos “Homens da Luta” no festival da canção deste ano foi para mim assim a modos que uma desforra contra a vitória do botas no concurso da Elisinha.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Público Vs Jornal de Notícias

No jornal Público de hoje, no lugar do “Sobe e desce”, na última página, encontra-se uma notícia que devia envergonhar os responsáveis do “Jornal de Notícias”.
Passando por situação idêntica no que respeita ao desbragamento da linguagem usado por gente mal formada nos espaços abertos aos comentários no Público Online, este diário informa que a partir de amanhã, 5 de Março, em que celebra o seu 21 aniversário, todos os comentários vão passar a ser lidos antes de serem publicados. 
Como anteriormente testemunhámos no “Blogues do Leitor” do JN, os prevaricadores não deixarão de considerar o veto aos seus “vómitos” como um acto censório, uma limitação à sua liberdade.
O JN fechou aquele espaço à participação dos seus leitores por causa de problemas idênticos e deixou escrito o seguinte aviso em rodapé:  
O Jornal de Notícias decidiu melhorar os "blogues do leitor". Assim, e até ao novo espaço aberto à participação de todos, encerramos os blogues existentes. Esteja atento. Voltamos em breve com novidades.
Passaram alguns meses. O texto do “cartaz” deixou de fazer sentido.
Aconselho a leitura deste artigo sobre a alteração na publicação de comentários online.
A.M.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Votarei "Lula da Silva" nas próximas eleições

O analfabeto

Desde que alguém me enviou um email com a performance de Lula da Silva no Brasil fiquei com uma vontade louca de que muito rapidamente haja eleições legislativas.
Não vale a pena falar das passadas presidenciais, em que não votei, uma desgraça inteira. Tanto pelo patético candidato ganhador como pela anarquia que as envolveu. Vota que não vota, onde é que eu voto. É tudo um sinal inequívoco do laxismo dos tempos, quando toda a gente se marimba que o resultado das coisas seja assim ou assado. Não é negligência, nem leve nem grosseira, é mesmo dolo, dolo eventual. E, no meu tempo, o dolo era crime, punido com pena de prisão, em todo e qualquer tipo onde ele estivesse.
Agora não. Se já nem o dolo direto tem a mesma conotação de antigamente, que fará o eventual!
Foi por causa de já ser capaz de prever a amalgama onde andam mergulhados os serviços públicos que eu não fui votar. Embora o meu caso nem sequer fosse dos mais emblemáticos. Tendo mudado de cidade há tempos, é lógico que mudaria de poiso e a urna para receber o meu voto não voltaria a ser aquela que o recebia há uma data de anos, infelizmente.
Infelizmente, digo, porque não gosto de morar nesta terra. Tendo ela, como todas as outras, gente grande e gente pequenina, o meu azar tem sido muito. De facto tenho-me deparado com pessoas muito pequeninas, daquelas de onde só saem deslizes e entorses. Que o diga o meu carteiro subornado, o meu carteiro analfabeto que, talvez por isso, me quebrou o primeiro galho legal, onde há dias tropecei a propósito de um célebre NIPC.
Isso dá ao meu carteiro uma dimensão semelhante à de Lula da Silva, com as devidas proporções. Não podemos comparar o desenvolvimento económico em que um deixou o Brasil com o pequeno serviço que o outro prestou a Portugal e a mim. De comum, mesmo, só a questão do analfabetismo, um analfabetismo eficaz e eficiente, um dos muitos analfabetismos capaz de resolver problemas, ao invés de os criar.
Mirem-se nisto, meninos da geração parva, deixem as escolas, as universidades e transformem-se em analfabetos idênticos a Lula da Silva e ao meu carteiro, se querem que os vossos problemas e os dos outros se resolvam.
Quanto a mim, se nunca fui buscar o canudo à universidade, também não o vou fazer agora porque, definitivamente, quero ser uma grandessíssima analfabeta.
E é por isso que eu anseio pelas próximas legislativas. Desta vez quero votar, embora tenha de o fazer numa terra de que não gosto.
Como e em quem o vou fazer, isso será o método a descobrir a partir de agora.
Possa embora a vaca tossir muito, não votarei num engenheiro. Um engenheiro, se não tiver atrás um grande currículo de obras levadas a cabo, no mínimo tem atrás de si a universidade que eu, desde hoje, passei a abominar e a desaconselhar vivamente. Pior será se a mesma universidade não fechar, nem para férias, nem sequer aos fins-de-semana, mantendo o corpo docente a trabalhar permanentemente e num desgaste psicológico contínuo e incapaz de distinguir uma segunda-feira de um domingo.
Excluídos os engenheiros, os economistas também não me parecem uma boa escolha. Há anos e anos a fazerem reuniões a torto e a direito, debates televisivos em que são os verdadeiros profetas da desgraça sem mexerem uma palha para evitar o apocalipse de que são mensageiros, nos economistas também não recairá a minha escolha. De economistas está o inferno cheio, com um famoso à cabeça que nos levou à desgraça, de onde parece não sairemos tão cedo se não fizermos uma boa escolha. E os actuais economistas também não serão muito melhores, com a agravante de serem uns parvos vestidos, ou de meninos ou de senhores, a maioria deles sem saber o quanto custa um pão na padaria e sem conhecerem todos os outros contornos da sobrevivência. No fundo, no fundo, nunca nenhum deles criou riqueza, andando aqui numa espécie de parasitismo que a universidade legitima. Abaixo, assim, a universidade e os economistas, que vão todos bater à porta do FMI para lhes pagar as batatas a murro no Tavares Rico da capital, onde vão parar todos os que nos desgovernam.
Restam-me quase só os juristas e o que está no meu horizonte também não é luminoso. Sobretudo depois da minha recente incursão no mundo do direito, que hoje já nem Deus sabe escrever por linhas tortas. O direito e os juristas precisavam, em primeiro lugar, de aulas de português, de modo a que a presença ou ausência de uma vírgula não se tornassem coniventes com fraudes de milhões. E se um jurista, além do mais, acumular os canudos de Direito e de Jornalismo, há fortes probabilidades de se ser um charlatão ridículo, incapaz de se ir da lei da morte libertando e de agradar a gente séria.
Não votarei num jurista, ainda que uma vacaria inteira tussa, completamente tuberculosa. Morte a eles, afundem-se com submarinos torpedeiros para não deixarem rasto.
Fazia-me cá falta um Lula da Silva, mas ele, julgo, nesta altura do campeonato, não deve estar disposto a mudar de camisola para deitar a mão a este barco carregado de pés de chumbo e a meter água na mesma proporção. Aliás, julgo mesmo que ninguém cá deste lado do Atlântico lhe concederia a nacionalidade. O ex-presidente do Brasil, apesar da sua boa cotação internacional, nunca deve ter tido muito tempo para se debruçar na ancestral e azulada cor do sangue real que, numa época de crise, abalou para lá. Não deve conhecer muitos dos nossos feitos pátrios e não admira. Desde que se conhece por gente, nunca deve ter podido dedicar-se verdadeiramente à história. Nem à comum aos dois países nem à individual. Sobretudo à do velho cretino da banda de cá, de dia para dia mais idiota e esclerosado. O senhor, como ninguém, sabe quanto custa vergar o fio e domar as chapas de metal, que algumas vezes lhe devem ter cortado as mãos até ao sangue, suor e lágrimas. E como as instituições, cá deste lado, levam a rigor as regras dos conhecimentos na questão da nacionalidade, Lula da Silva seria logo excluído à partida. Necessária, necessária, sob o ponto de vista deles, é  mesmo a cultura universitária que, apesar de hoje em dia não servir para nada, tem de constar nas provas de aferição. Conhecer D. Pedro I, o Imperador do Brasil, seria pouco para a vaidade lusitana.
Todavia, nem tudo é negro. Neste mundo de diplomados, ainda vai havendo alguns analfabetos, daqueles que sabem o valor do trabalho e a quem a vida nunca deu nada de mão beijada. Muito menos o estatuto de muitos boys para aí a fazer política, a saltar de tacho em tacho numa imensa caldeirada de enguias feita à moda de Aveiro, com a água do mar onde nos afundamos e com um grandessíssimo pedaço de unto.
Por isso, meus senhores, desde já, aqui e agora, comprometo-me a votar Jerónimo de Sousa, o mais parecido que encontrei com Lula da Silva, o nosso querido Ex-Presidente do Brasil, que foi capaz de conduzia o país ao progresso e impor-nos, inclusivamente, o mais recente acordo ortográfico. E para tanto precisou ele, por acaso, de ter roçado os fundilhos das calças nos bancos das velhas e caducas universidades que nem ao domingo fecham portas?
Votem Jerónimo de Sousa, viva o trabalho, Viva  o Wickilikes.