quarta-feira, 16 de março de 2011

MARINHO PINTO - Um soco no «SISTEMA»


O bastonário da ordem dos advogados deu um murro no estômago do sistema judicial.; sem papas na língua acusou a justiça de ser co-responsável pelo estado a que chegámos. Falou grosso. Apontou o dedo a várias feridas. Que de imoralidades, que de compadrios, que de corrupções andam por aí à solta e estão na génese da etiologia reinante. A patogénese desta sociedade imoral e corrupta também tem o seu caldo de cultura na justiça e nos seus agentes. O cancro económico-financeiro vai alastrando, alastrando...

Há fortunas incalculáveis que surgem como cogumelos, sem que se saiba a sua origem. Mesmo adentro da esfera judicial há casos que cheiram a esturro. Há gente que branqueia, iliba, faz vista grossa, usa certo laxismo calculista com fins inconfessáveis. Há prescrições feitas à medida. Tal como há empreitadas feitas `à medida para certos empreendedores, normalmente amigos do ambiente... político reinante.

Impera um clima de facto consumado, de «salve-se quem puder», de impunidade total. Para alguns, claro.
Há um homem preso por ter escrito uma declaração de amor numa parede (que apagou, posteriormente) por não ter dinheiro para pagar a coima...

Há banqueiros e gente da classe política a usufruír mordomias sem conta, sem que se vislumbre um resquício de ameaça à sua integridade económico-financeira!

O Zé tudo pagará, depois de ser espremido até ao tutano! Tudo ficará a seu cargo, como bem ironizava Rafael Bordalo Pinheiro com as suas charges humorísticas, que estão cada vez mais actuais. A crise só ataca alguns. Os políticos e seus acólicos da empreiteiragem nadam no mar da prosperidade.
Os generais parecem bandos de pardais esvoaçando nos gabinetes da capital, sem ousarem tugir ou mugir por que também comem do milho orçamental. À grande e à francesa!
Por vezes, para não parecer mal, mandam-se instaurar inquéritos__ sim, sim, só pra inglês ver!

5 comentários:

  1. Tive uma contenção de linguagem apropriada. A justiça tem um longo braço. É forte com os fracos, e tíbia com os fortes.

    Há agentes da justiça que servem de muletas a certos agentes políticos. Até quando?!

    Era bom lembrarem-se que há sempre um «25 de Abril» à espreita...

    Rouxinol de Bernardim

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  2. Pois é caro R.Bernardim, pena que o tal «25 de Abril» que refere se tenha tornado num espreita, nem com os avanços da ciência (viagra) lá vai.

    Cumprimentos

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  3. Meu caro:

    Ele vai surgir, mais tarde ou mais cedo, com toda a sua pujança, e dar cabo dos que tentam sodomizar o povo... lol...:)

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  4. - Vai uma "cervejola" fresquinha? - perguntava eu ao pedreiro que contratara para me rebocar o muro do quintal.
    - Ontem, já era tarde! - respondia o magano.

    - Ontem já era tarde - digo eu a propósito desse dia que mais cedo ou mais tarde virá acabar com a merda deste neo-liberalismo, que depois de tomar o freio nos dentes, não há quem o sustenha. E à "pala" dele, as melgas que cirandam à volta do poder vão sugando até ao tutano os ossos de quem só tem os braços para vender.
    Vamos a eles!
    A.M.
    Nota: Também existe muita gente, bastante gente, que não tendo onde cair morto, tem a esperança de vir a enfileirar essa corja de oportunistas, e usufruir das mesmas regalias.
    E esse é óbice!
    A.M.

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  5. Com o senhor Silva a fazer "festinhas" à tropa, a Nelinha na retaguarda (a da suspensão temporária das liberdades e garantias) e o Rui Rio a fazer as malas para tomar o PSD, a haver é um 24.

    Abraço.

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