Há uns tempos encontrei-me com um amigo de infância a quem miraculosamente alguém descobriu “poderes”.
A fama do Rocha como extra-sensorial deixou a cambada que, como eu, o conhece desde o tempo da carteira da escola de queixos caídos, “o rocha quê?”, “só pode ser brincadeira” comentávamos todos.
O certo é que o Rocha se “monta” num Mercedes topo de gama, vive numa moradia que mais parece um castelo na zona das praias, e quando se passeia pelos Guindais, onde nasceu e cresceu, distribui notas de 5 euros como quem dá milho aos pombos.
Encontrei-o há dias numa das minhas regulares incursões às origens, foi à porta da confeitaria Paulista, ali ao lado do Café Batalha junto à Praça da Batalha.
“Rocha, que é feito de ti pá? Disseram-me que estás bem de vida, então agora és bruxo?”, perguntei eu.
“Faço pela vida”, disse-me ele…
Abraçamo-nos, rimos e fomos tomar café.
No espaço de 100/150 metros encontramos novos e velhos que nos reconheceram, passados muitos minutos lá fomos tomar um café ao Batalha e eu, logo que pude, questionei o meu colega de escola primária.
“Oube lá ó Rocha, ando aqui lixado com dores nas articulações, tu, a quem todos reconhecem domínio do sobrenatural, não me podes ajudar?”
“Zé, é tudo uma questão mental. Se te doer a cabeça concentras-te e mentalizas-te que te dói um pé, vais ver que consegues, mais tarde, convences-te mesmo que não tens dor nenhuma”.
Há anos que sinto estranheza quando ouço chamar a Cavaco Silva “Presidente de todos os Portugueses”.
Quando ganhei consciência política, após o 25 de Abril de 1974, revi-me em todos os presidentes democraticamente eleitos, mas Cavaco Silva não se enquadrava nos parâmetros que eu, um leigo, pré estabeleci, até hoje.
Hoje, e valendo-me do poder da mente que o meu amigo Rocha estimulou, ao ouvir o elogio do Presidente ao falecido Artur Agostinho, concentrei-me. O incenso presidencial foi para José Saramago e até consegui transferir para o pedófilo Carlos Cruz os comentários bajulares de Artur Agostinho a Salazar.
Politicamente, sinto-me muito melhor, porque o raio das dores nos ossos, essas não me largam.
Muito boa jogada!
ResponderEliminarBola muito bem conduzida, agarrada ao pé e depois de algumas fintas um remate para GOLLLLO!
Afinal parece que não é dificil falar a sério... brincando.
Abraço,
A.M.
Já somos dois com a "backache". Mas, já que o Rocha não tem cura para isto e a mentalização não é muito o meu forte, agora vou até às homeopatias e às acumpunturas. Afinal os velhos chineses sempre morreram de velhos!!!
ResponderEliminarDepois digo qualquer coisa.
As melhoras.
Rafa
Meus amigos,
ResponderEliminarOrganizem-se!
Parece que adivinhava:
O governo vai abaixo e eu fujo para a minha terra. Quando o "tsunami" chegar à Barquinha, já mais de metade da população se afundou no litoral português onde se concentra.
Poderieis ter-vos salvado se, seguindo o meu exemplo, ousásseis integrar a cruzada contra o sável e a lampreia, que perto do centro geográfico português em Vila de Rei, se predispõe a dar guarida aos seus apreciadores.
Daqui a mais algum tempo, quando os Paços do Concelho, forem ocupados pelo Passos dos Coelhos, vou desafiar-vos mais uma vez.
Desta sorte vou fugir para a "ILHA".
Não interessa qual.
Basta que seja selvagem!
Já não há pachorra para aguentar tanto disparate, tanta sem vergonhice, tanta estupidez.
Adeus!
Não sei se regresso.
Inté.
A.M.
Rafa, duas palavras:
ResponderEliminarCuidado com a homeopatia.
A acumpunctura alivia... mas não cura.
A medicina tradicional?
O que diz ela?
Um rápido restabelecimento.
São os meus votos.
A.M.
Ó Mata, tu queres dizer que não regressas a Mem Martins. Certo? Aqui vens sempre, certo?
ResponderEliminarCom muita pena, tambémnós não podemos ir. Fónix!!! De caminho, acaba o raio das duas noites de refúgio que me ofereceram. Já sabia onde íamos ficar. Era na Herdade de Cadouços, em Abrantes, até íamos pescar enquanto desmoíamos a lampreia...
Fica para a próxima.
Veijios e as melhoras Rafa.