Até a minha modista, que mora longe, sabia mais da obra do que eu , a viver perto. Desde Cacia até ao Porto de Aveiro, nove quilómetros no total, com mais quantos dentro do porto, tinha de estar concluída até ao final do ano de 2009, sem mais. Incluindo as avenidas rasgadas que dariam um ar mais desempoeirado a uma cidade pouco maior do que uma aldeia. Em parte dela falta o saneamento! …
Isto da linha e da conversa com a minha modista já tem muito mais de um ano, pois claro.
Pensei, então, Talvez não esteja pronta, mas oxalá que sim. E, se assim for, pela primeira vez em Portugal um empreiteiro cumprirá os prazos previstos sem recorrer às manobras dilatórias e às obras a mais que tanto têm dado cabo do erário público.
Depois, dizia ela, os comboios circulariam na linha como cobras longas, com o dorso carregado de mercadorias e de um lado para o outro, entre Aveiro e Cacia, vice-versa e o resto do mundo. Junto ao terminal de carga e descarga do porto deixaria de haver então aquela interminável fila de camiões aguardando vez, poluindo no seu vai e vem pelo asfalto a atmosfera e arrancando mais um pedaço ao esfarrapado buraco do ozono.
Numa terra onde vim parar por mero acidente e de onde espero abalar o mais depressa possível, dei comigo a imaginar um comboio encavalitado na nova estrada de ferro, trazendo e levando tudo e mais alguma coisa: madeiras da Austrália, gelo do Pólo Norte, bacalhau da Noruega, tomates de Espanha, carros da Alemanha e França e não sei mais o quê do Reino Unido e dos USA. Mas foi mesmo e só imaginação porque dos comboios para o desenvolvimento estratégico da região nem cheiro, nem visão, nem andamento, nem orquestra, nem sinfonia, nem nada.
A linha, essa, mesmo antes de estar concluída, já apresentava os primeiros sinais de corrosão, na ferrugem agarrada aos alicerces de ferro e betão, nos carris que correm lado a lado com a A25, que depois de ver acrescentado um 2 ao 5 e após a mudança de nome de IP5 para auto-estrada, foi onerada não sei com quantos arcos portageiros. Não sei porquê, pois se a via já cá estava há tanto tempo, para quê terem-se metido com ela agora e assim desta maneira tão onerosa?
E eis uma bela construção de 9 km , com uma grade do lado do mar e das salinas de outro tempo, mortas e enterradas, luzindo ao sol do fim do inverno no seu azul turquesa e sem outra serventia que não seja ter-se transformado em ancoradouro de pássaros. Gaivotas, para ser mais precisa…
E eu que já gostava de gaivotas passei a gostar ainda mais delas. Quanto mais não seja porque numa coisa caríssima que ao longo de um ano não tem tido utilidade para coisa nenhuma, ao menos elas conseguiram achar-lhes a verdadeira vocação de ancoradouro, o Meu Ancoradoura de Pássaros e primeiro post do nosso blogue coletivo.
Ah! e perdoem-me lá, mas não sei quase nada do acordo ortográfico. E também nada sei de fotografia para colocar aqui o retrato das personagens desta minha pequena crónica.
Ora bem. Se uma pessoa entra na casa pela porta, porque é que na estrada não deve entrar pela portagem?
ResponderEliminarFigasAbraço
Olha olha, finalmente...
ResponderEliminarA menina desde que domina o inglês (salvo seja) anda muito afastada destas lides, tal qual a “ave nocturna” que “desdendou” o pessoal.
Eu até já tinha dito ao meu “embrulho”, e se marcássemos uma iscada no polícia da Ribeira?
Como é?
Bamos nessa?
Abraços e veijios.
Ora até que enfim!
ResponderEliminarIsto tem andado muito morno.
Vamos ver se agora aquece.
Boa crónica embora tenha algum receio das gaivotas… em terra, está bem de ver.
Ainda não esqueci o dia em que fui fazer uma passeata para o cais junto ao Padrão de Descobrimentos e fui cobardemente bombardeado pelas ditas que andavam voando em grupo no seu… ancoradouro natural. A minha rica camisola, estreada nesse dia, ficou em mísero estado.
Gosto mais de as ver no sulco das traineiras que chegam da faina da pesca.
Nota: Sobre o acordo ortográfico, penso que não nos devemos preocupar. O acordo não é para aplicar, é para ir aplicando.
Já depois do acordo de 1945 o meu avô escrevia pharmácia, ennobrecida, veem em vez de vêm, êsse, êles, etc., etc., e nunca deixou de ser entendido.
Hoje, tendo à nossa disposição meios técnicos que não existiam na altura, podemos corrigir com facilidade qualquer texto segundo as normas em vigor.
Deixo aqui para quem não conhecer e estiver interessado em experimentar, o sítio da Porto Editora, http://www.portoeditora.pt/acordo-ortografico/conversor-texto/, onde se pode colocar o texto e receber a correção com um simples click em “converter”.
Neste texto, por exemplo, só a palavra correcção foi emendada para correção.
Custa, mas lá chegaremos!
Good weekend for all my friends
A.M.
Pois, pois, Domino o inglês, se calhar mais do que esta coisa. Acho que não vou conseguir mandar este comentário, Mas está bem. Se até já tinha mandado um sos!...( a D. Menina Filó que faça o favor de ver as mensagens no seu email!...)
ResponderEliminarTambém já fui vítima da diarreia de uma gaivota, mas, no caso, ela só atingiu os meus bens pessoais, designadamente a minha "voiture".
Ah, vou ver se a minha caldeirada está a ficar boa...
Roam-se de inveja.
Beijos e abraços
Rafaela Plácido
Será desta que isto começa a mexer?
ResponderEliminarCalma Figas, refiro-me ao blogue.
Abraço.
Olá, Figas,
ResponderEliminarComo é que vai aquela pessoa que não pode participar no último repasto, naquele dia danado de frio?
Abraço.
Agora que já me movimento por aqui, isto vai andar à bolina. Depois vão ver o que é que eu tenho andado a fazer, porque o meu próximo post vai retratar a minha saga contra os meus ex colegas FP do RNPC.
Ah! e a caldeirada precisava de ter apurado mais um pouco...
Rafaela Plácido
Rafa, tás a ber? Num custa nada... até meteste a etiqueta e tudo... ah ah ah
ResponderEliminarCorrosiva, como de costume, mais um belo post "à la Rafaela"... Agora, não páres... ah ah ah
Quanto ao mail pessoal, só lá costumo ir ao fim-de-semana, fico cheia de mails durante toda a semana, lá no trabalho. Vou já ver.
Quanto ao acordo ortográfico, pode ser que me habitue...
Quanto a cagadelas de pássaros, também já fui alvejada por uma pomba. Cagou-me mesmo no cimo da cabeça e aquela merda meteu-se pelo cabelo abaixo... e não consegui tirá-la até chegar a casa e tomar banho. Mas antes ainda tive que fazer a viagem de autocarro, sempre a distanciar-me das pessoas, o que não é fácil, quando o bus está atulhado de gente em pé... Que cena!!! Chiça!!!
E com este pivete, veijio-vos
eu n abdivo da minha sabedoria de escola ehehe, -.... apesar de usualmente nao a utilizar em grande correcção ehehehehe.
ResponderEliminareheheh a ave nocturna ca esta e com vontade da petiscada, conheci um sitio fixe ontem la para o lado de matosinhos, o tasco dos amigos axo k é em Leça, bebi uma sangria de frutos sislvestres k adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii eheheheheheh
pois é este blogue é para ser dinamico ehehehehe e eu tenho estado a falhar como as notas de 5 euros no bolso lolololm pah nem de 10 nem de 20 , nem de 50 eheheheh
saudades de vocessssssss :)
da cronica adorei eheheh mas... pk raio é k os tomates devem de vir de espanha????????????????
lollllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll
olha k ali no centro de portugal ha tomate de boa qualidade lolllllllllllllllllllllllllllllllll, aos espanhois só mesmo os caracois eheheh e deixemos a horta pot cá eheheheheh.
Por falar em comboios estou de momento no intercidades, a caminho da capitali ehehehehe para ver a minha avó que está internada ehehehehe e viva os comboios ehehehe.
Bijalhufas a todosssssssssssssssssssssssssssssssssssss
koruja made in estaçao de coimbra eheheheheh
Ó avezinha, que tudo corra bem à vóvó... Tás cá cuma pedalada... ah ah ah
ResponderEliminarRafa, meti as gaivotas, do you like the picture?
Veijios
I like very much. It's beautiful!
ResponderEliminarFizeste bem, O meu próximo curso será de fotografia!!!
beijs e abraços
Rafa