Por acaso era este trabalho que querias colar no nosso blogue comum?
A.M.
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Eram três da madrugada,
Eu no meu quarto,
Naquela noite cerrada
Em pijama, deitado na cama,
Mas dormir? Dormir nada!
Então pensei que a noite tudo iguala:
Iguala o magala ao general,
O padre ao cardeal,
Na noite, réu e juíz têm igual nariz!
A noite não distingue ricos e pobres,
Quem tem medalhas dos canalhas,
Quem sobe e quem desce,
A noite tudo iguala quando desce,
E tudo o que no dia passa
À noite passa a passada
E passa ao escuro do nada,
Não se vê cortinas floridas
Nas persianas corridas
Nem o pijama que vestimos
Nem outros vêem o que sentimos!
A culpa é do Sol, que tudo ilumina,
Mas, ao bater num homem, de frente
Faz sombra a quem está atrás,
Que também é gente!
O sol não é igual para todos,
Com ele faz-se contrastes,
Distingue-se um magala dum general
Um padre dum cardeal
Um governante do governado
O bem e o mal e
Os bons dos canalhas,
No peito vê-se o brilho das jóias
E das medalhas
Mas, quando a noite cai tudo fica igual;
Tudo nivelado pelo escuro,
Não se vêem as boas e más acções
E nem a vista vê condecorações!
Na noite reina o tacto,
Mas é bom sentirmo-nos bem na noite;
Bom treino, porque, ao fim e ao cabo,
O Homem na eterna sombra tomba!
O problema, ao sol, à luz do dia, é:
O Homem saber andar de pé!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Ó amig Mata. Obriado pela ilustração!
ResponderEliminarSempre se vê alguma coisa!
FigasAbraço
Não foi, ou não é só a ilustração. Acontece que, pelo menos, no meu computador o teu post está branco, logo, nem existe texto. Tive que procurar... Abraço
ResponderEliminarA.M.