Se eu acreditasse na ressurreição como algumas pessoas de quem vou lendo os comentários ou simples desabafos sobre a nossa grave situação económica, creio que, regressando a este mundo milhares de anos depois, sem ter perdido a memória, e encontrando um estado ainda mais caótico e sobretudo injusto, ainda ouviria dizer que a culpa é do Sócrates.
O Sócrates, que “fugindo” para Paris, não fez mais do que outros trânsfugas de cores muito parecidas como são os vermelho/amarelos, mas que, por cego sectarismo, não são mencionados, como se as suas omissões, os seus erros tivessem acontecido noutra galáxia.
E que dizer daqueles que apesar dos erros cometidos, regressam ao poder como se tivessem ido à barrela. Brancos e puros como castas donzelas!
Sei que esta gente é movida por um sectarismo primário que mesmo perante as evidências não se vai cansar tão cedo de desculpar as calinadas do seu “Chefe” lançando as culpas aos seus antecessores imediatos. Imediatos, porque existem outros, mais longínquos, que neste percurso de 36 anos, parecem ilibados da responsabilidade do estado de insolvência que paira sobre as nossas cabeças. Dos primeiros anos a culpa foi de Vasco Gonçalves e dos últimos é Sócrates.No meio, ficam mais de 30 anos em que ninguém é responsável.
Um dos problemas mais graves que é a reforma da administração pública, e podia ter sido feita ao longo deste tempo com moderação, bastando para isso que tivesse sido elaborado um plano em que as novas tecnologia fossem compensando o trabalho dos funcionários que iam passando à reforma, não foi feito, pela simples razão de não ter havido nunca entendimento dos partidos que se têm alternado no poder, quanto às reformas essenciais. Agora, quer uns, quer outros são os responsáveis pelos despedimentos massivos e acelerados na função pública, cuja única finalidade é transferir essas despesas do Estado para a Caixa geral de Aposentações como se uma e outra não dependessem do crédito externo.
Muita gente já percebeu e algumas opiniões que surpreendem pela sua origem reforçam a ideia, que o sistema está errado, e alguma coisa tem que mudar.
A teoria de que o mercado se controla a si mesmo e deve deixar-se à deriva da oferta e da procura, defendida pelos neo-liberais e seus sequazes, conduziu o mundo civilizado, assim auto-denominado, para uma situação, cuja ruptura se adivinha com consequências muito trágicas.
A sobrevalorização que estas forças deram à liberdade de expressão como ponto fundamental da Democracia, desvalorizou as outras democracias: a económica, a justiça, a saúde e a educação.
Hoje, pessoas que têm de seu e as que não têm mas almejam ter, procuram manter este statu quo.
Estão no seu direito, mas pelo Amor de Deus e seu Filho Crucificado, deixem de ser palavrosos, tanto agora como no cretáceo.
Amen!
A.M.
Folgo ver que recuperaste a forma.
ResponderEliminarNa próx. Segunda-feira vou sentar o dito mo mocho, Lucky Strike é a marca.
Abraço
Não tenho a certeza que tenhas compreendido onde estava colocado o alvo... mas tudo bem.
ResponderEliminarEntretanto, tive uma sorte do caraças!
Tenho andado a reproduzir um velho livro do princípio do século XX, para uma amiga nossa, que muito estimo. Acontece que é um livro escrito pelo advogado de defesa no julgamento do crime de Serrazes (São Pedro do Sul), de que te podes inteirar se procurares na net.
Assim, não me foi difícil perceber o que significa "sentar o cu no mocho". Espero que tudo se resolva sem sangue (o que não foi o caso de Serrazes)e recuperes a paz de espírito, se por acaso alguma vez a perdeste, o que não acredito... mas enfim... às vezes acontece a qualquer um.
Quanto ao "tabacum" o problema só se colocará se a coisa der para o torto. Nesse caso aproveita e deixa de fumar, se não queres morrer com falta de ar.
Juizinho, meu!
A.M.
Como podes ver, meu caro, o JN, não apagou "népia" e o malandro do Redima_aparte ainda anda por aí...
ResponderEliminarCabrões!!!
A.M.