quarta-feira, 25 de abril de 2012

Recordação não póstuma

Encontrei-o por acaso. Estava a olhar para os seus companheiros todos muito alinhados na banca daquele alfarrabista quando o meu olhar se fixou nele. Peguei-lhe com muito cuidado, o mesmo que uso para todos os seus congéneres de avançada idade ou saúde periclitante e abri a capa que já ameaçava separar-se do resto do livro.
Deparei com o registo de dois donos que em determinada altura possuíram este livro. Um Pedro de Moura com data de 1935 e outro que decifro como Martins ou talvez Martinho Pereira com a data de 1940.
Será que este Pedro, que apenas tem mais um ano de idade do que eu próprio, ainda é vivo?
E o Martins ou Martinho? Será que vai celebrar o seu próximo aniversário na companhia de filhos e netos?   
Quanto ao Machado estamos conversados. Queria inteirar-me da sanidade mental de Quincas Borba. Quando eu era adolescente pareceu-me um tanto louco, mas passados tantos anos? Teria a mesma opinião?
Não tenho!
Agora, acho que todos os Quincas deste mundo deviam ser psiquiatras colaborando no internamento de pessoas que se julgam de mente sã.

A.M.

1 comentário:

  1. Fónix! Que trabalheira eu tive para perceber o que dizes...

    Se não conhecia o Machado de Assis, muito menos o Braz, quanto mais o Quincas... Fosga-se!!!

    Se não fosse o google, ficava praki toda a noite a cismar.

    Vai educar o caraças

    veijios

    ResponderEliminar