domingo, 8 de abril de 2012

Fala-se bem outras línguas em sonhos


Fala-se bem outras línguas em sonhos
Já tinha ouvido dizer que se falava bem línguas estrangeiras em sonhos. Deve ser verdade porque,  esta noite, fartei-me de falar inglês.
De repente, estou na América. Estava numa zona onde havia imensos latinos, com uma data de pessoas, entre as quais o meu pai e a minha mãe que,  coitados,  já não andam no mundo dos vivos há um par de anos. Mas, pronto, em sonhos nada é impossível e lá estávamos nós...
Lembro-me de ver uma rua íngreme, relativamente estreita, numa zona latina,  de onde saí por uma noite, não sei para fazer o quê, pois também não me lembro de dormir com ninguém...
Quando regressei,  já não havia portugueses lá, nem sequer o meu pai e a minha mãe e eu constatei que estava definitivamente sozinha, para além de começar a ser olhada de soslaio por toda aquele gente americana,  ali dos lados do México.
A razão, era, depreendi quase de imediato, por ser mais  uma candidata a emigante, por ninguém saber quem eu seria e o que tinha feito ao longo da minha vida. Além de não saber falar inglês...
Depois, dou comigo a explicar a uma rapariga de   bata branca, em inglês,  que, embora o meu país andasse quase sempre no caixote do lixo das agências  americanas, eu era alguém que passara um bom par de anos a trabalhar para a polícia,   que tinha uma razoável formação académica, além de não ser nenhuma bandida, nem nenhuma daquelas criaturas que vão para as universidades abrir fogo sobre os estudantes. 
Pronto, foi o suficiente para a rapariga me aceitar nos USA. E quando eu lhe disse, tudo em inglês bem pensado e arrancado a ferros do meu cérebro, que estava sem um único dólar, ou mesmo euros no bolso, ela respondeu-me que isso era muito positivo,  pois eu estaria, definitivamente, a quebrar com o passado... Lol
Surgida não sei de onde, sai uma portuguesa, no meio dos mexicanos todos, que nascera lá no mesmo sítio de onde I was from. Mas a mulher, quando lhe dei conta da minha situação de penúria, entrou numa loja com saída dupla e nunca mais me apareceu...
Sózinha, I spoke again in Inglish,  and said that I had a coisin in América. 
De imediato, vi que poderia muito bem  estar salva...
Bom, este foi o meu sonho de sexta para sábado, embora, de sábado para domingo, a Pobreza tivesse sido de novo protagonista dos meus dreams.  Desta vez, não tinha casa, sequer, e tudo o que eu construíra ao longo de uma vida tinha ido por água abaixo... Digam-me só: Andará a mais pobre Pobreza a rondar-me mesmo os calcanhares?!... E, além de tudo,  será caso para exorcismo???

 Reiteração de Boa Páscoa a todos

4 comentários:

  1. Boa Páscoa para todos e parabéns pelo universalismo e pauperização globalizante que, subliminarmente, este excelente post transmite.

    A Filó pergunta-me o dia da almoçarada e eu sugiro 28 de Abril. Alguém discorda? Sugerem alternativas? Sou todo ouvidos...
    rouxinol de Vila do conde

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  2. Almoço? Mhamm mham mham?
    28 de Abril?
    Três dias após os cravos?

    Acho que sim,
    que já podem florir
    em comezaina aviados!
    FigasAbraço
    em princípio, salvo imprevisto, estou nessa)

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  3. Bom, no que diz respeito aos sonhos, posso testemunhar que o nível linguístico do francês e do inglês que aprendi no ecundário são elevados a uma potência muito superior quando no sonho se me depara um "bife" ou um francófono. Desata-se-me a língua e paso a ser um deles... é impressionante.
    Impressionante porque não consigo entender patavina do "Les Misérables" ou o "Romeo and Juliet" nas respetivas língua originais... quando estou acordado. Julgo eu, pois vi ontem um filme, que me baralhou de tal maneira que não consigo determinar se estou a dedilhar este comentário a dormir ou acordado.
    Socorro!!!!!
    A.M.

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  4. E vão dois. Mas espero um dia conseguir o desiderato de entender, de preferência acordada, 50% do que os "bifes" dizem.

    Mas, agora, de facto, o que me apetecia era ir dormir, pois há duas noites que não sonho patavina, só para roubar aqui algum léxico de Durindana, a quem envio o meu abraço ensonado, antes que me saia mais uma crónica e vos ocupe o vosso precioso tempo.
    Amanhã estou de regresso a casa, Lar, doce lar!, encharcada de comprimidos. É para ver se ainda consigo manter o esqueleto em pé. Pedi à médica um de plástico e a recusa não se fez esperar - que, não, estavam esgotados... -
    É claro que não me atrevi a pedir um de platina, por razões óbvias.

    Beijinho

    Rafaela Plácido, produtiva

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