Fala-se bem
outras línguas em sonhos
Já tinha
ouvido dizer que se falava bem línguas estrangeiras em sonhos. Deve ser
verdade porque, esta noite, fartei-me de falar inglês.
De repente,
estou na América. Estava numa zona onde havia imensos latinos, com uma data de
pessoas, entre as quais o meu pai e a minha mãe que, coitados, já não andam no
mundo dos vivos há um par de anos. Mas, pronto, em sonhos nada é impossível e
lá estávamos nós...
Lembro-me de
ver uma rua íngreme, relativamente estreita, numa zona latina, de onde saí por uma
noite, não sei para fazer o quê, pois também não me lembro de dormir com ninguém...
Quando
regressei, já não havia portugueses lá,
nem sequer o meu pai e a minha mãe e eu constatei que estava definitivamente
sozinha, para além de começar a ser olhada de soslaio por toda aquele gente
americana, ali dos lados do México.
A razão,
era, depreendi quase de imediato, por ser mais uma candidata a emigante, por
ninguém saber quem eu seria e o que tinha feito ao longo da minha vida. Além de
não saber falar inglês...
Depois, dou
comigo a explicar a uma rapariga de bata
branca, em inglês, que, embora o meu
país andasse quase sempre no caixote do lixo das agências americanas, eu era alguém que passara um bom
par de anos a trabalhar para a polícia, que tinha uma razoável formação académica, além de não ser nenhuma bandida, nem nenhuma daquelas criaturas que vão para as universidades abrir fogo sobre os estudantes.
Pronto, foi
o suficiente para a rapariga me aceitar nos USA. E quando eu lhe disse, tudo em
inglês bem pensado e arrancado a ferros do meu cérebro, que estava sem um único
dólar, ou mesmo euros no bolso, ela respondeu-me que isso era muito positivo, pois eu estaria, definitivamente, a quebrar com o passado... Lol
Surgida não
sei de onde, sai uma portuguesa, no meio dos mexicanos todos, que nascera lá no
mesmo sítio de onde I was from. Mas a
mulher, quando lhe dei conta da minha situação de penúria, entrou numa loja com
saída dupla e nunca mais me apareceu...
Sózinha, I spoke again in Inglish, and said that I had a coisin in América.
De imediato, vi que poderia muito bem estar salva...
Bom, este foi o meu sonho de sexta para sábado, embora, de sábado para domingo, a Pobreza tivesse sido de novo protagonista dos meus dreams. Desta vez, não tinha casa, sequer, e tudo o que eu construíra ao longo de uma vida tinha ido por água abaixo... Digam-me só: Andará a mais pobre Pobreza a rondar-me mesmo os calcanhares?!... E, além de tudo, será caso para exorcismo???
Reiteração de Boa Páscoa a todos
Boa Páscoa para todos e parabéns pelo universalismo e pauperização globalizante que, subliminarmente, este excelente post transmite.
ResponderEliminarA Filó pergunta-me o dia da almoçarada e eu sugiro 28 de Abril. Alguém discorda? Sugerem alternativas? Sou todo ouvidos...
rouxinol de Vila do conde
Almoço? Mhamm mham mham?
ResponderEliminar28 de Abril?
Três dias após os cravos?
Acho que sim,
que já podem florir
em comezaina aviados!
FigasAbraço
em princípio, salvo imprevisto, estou nessa)
Bom, no que diz respeito aos sonhos, posso testemunhar que o nível linguístico do francês e do inglês que aprendi no ecundário são elevados a uma potência muito superior quando no sonho se me depara um "bife" ou um francófono. Desata-se-me a língua e paso a ser um deles... é impressionante.
ResponderEliminarImpressionante porque não consigo entender patavina do "Les Misérables" ou o "Romeo and Juliet" nas respetivas língua originais... quando estou acordado. Julgo eu, pois vi ontem um filme, que me baralhou de tal maneira que não consigo determinar se estou a dedilhar este comentário a dormir ou acordado.
Socorro!!!!!
A.M.
E vão dois. Mas espero um dia conseguir o desiderato de entender, de preferência acordada, 50% do que os "bifes" dizem.
ResponderEliminarMas, agora, de facto, o que me apetecia era ir dormir, pois há duas noites que não sonho patavina, só para roubar aqui algum léxico de Durindana, a quem envio o meu abraço ensonado, antes que me saia mais uma crónica e vos ocupe o vosso precioso tempo.
Amanhã estou de regresso a casa, Lar, doce lar!, encharcada de comprimidos. É para ver se ainda consigo manter o esqueleto em pé. Pedi à médica um de plástico e a recusa não se fez esperar - que, não, estavam esgotados... -
É claro que não me atrevi a pedir um de platina, por razões óbvias.
Beijinho
Rafaela Plácido, produtiva