Um par de jarras
Desde que conheço a casa
Elas lá estão,
Uma no centro do mesa,
Outra num móvel do corredor,
Cada uma sempre enfeitada,
Cada uma com seu odor,
Que lindas são!
Quem as vê
Não sabe escolher,
Fica pelas duas enlevado
Pelo arranjo de flores
Nelas realizado,
Ora numa cravos,
Ora noutra são rosas,
Às vezes são coroas,
Por vezes gladíolos,
Zínias, Cécias,
Lírios, Orquídeas
Misturadas entre avenca
Ou outro género de verde,
Mas daquele par de jarras
Nenhuma nunca vazia esteve!
A dona,
Muito perfecionista,
Dava uma boa florista.
Em cada semana,
É como na cama,
Faz as mudas
Com flores do seu jardim,
Felizmente que a florista;
-Minha conquista-
Só enfeita as jarras,
Mas ainda não a mim,
Mas, a prevenir,
Tem crisântemos no jardim!
Se eu for cremado,
Quero que seja com flores,
Para que o ar fique perfumado
Com o perfume de cardo.
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Autor: Silvino Taviera Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
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