Crise
O mundo esteve sempre em crise!
Uma atrás d’outra
E sempre com muita dor!
Numa delas
Apareceu Cristo,
Que muitos diziam ser o Salvador,
Inaugurando nova era,
Mas, sem mais aquelas,
-Não estava previsto-
Mandou dar a César
O que de César era!
As crises sucederam-se,
Com revoluções e cismas,
Mas sempre aparecia um salvador
Ou um ditador,
Mas todos com carismas!
Houve um: o Rei-Sol,
Que até dizia: -“L’État cést moi”!
O meio-mundo ficava na sombra
Como ainda está!
De crise em, crise até aqui,
E como os tempos são modernos,
Não há ditadores
Nem deuses salvadores dos infernos,
Mas sim os contabilistas do FMI
Com a mesma lenga lenga cesarista:
-“Dai a César o que é de César”!
Por isso,
Ninguém tem algo de seu!
Olhai as notas:
Que dizem?
Banco Central Europeu!
Se preferirem,
E como conselho,
Dêem cenouras ao coelho!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
20/8/2011
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