segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sopa de sonhos

 

A revolução foi sopa de sonhos,

servida em auroras de liberdade,
antecedendo banquetes do povo,
que em mesas cobertas,
com rendas de promessas,
comia pão e carne de caça,
-nunca antes provada-
em travessas da revolução,
porém, com o tempo,
toalhas de rendas de promessas
foram das mesas retiradas,
onde poucos muito comeram
e a muitos deixaram nadas!

Agora,
o povo, novamente sem mesas,
sem toalhas, anda por aí,
ajoelhando, rastejando,
mendigando migalhas de “senhores”,
que comem pão,
amassado por suores de trabalhadores,
que não tardam a comer sopa de sonhos,
em manhãs de lliberdade,
e levantarem-se do chão,
para que ponham novamente mesas,
mesmo sem toalhas de rendas de promessas,
para que todos se sentem e comam pão
em fatias de igualdade, mesmo à mão,
mesmo sem travessas!

Já se sente a pressa para que isso aconteça
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

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