terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Este presidente não é meu.

ESTE PRESIDENTE NÃO É MEU.
Não quero um Presidente que pactua com insultos de quem lhe chama o Sr. Silva.
Isso seria o menos se Presidente da República Portuguesa não tivesse aceite visitar a Região Autonómica da Madeira numa postura subserviente, sem ser recebido na Assembleia Regional. Uma vergonhosa afronta com que pactuou!

Não quero um Presidente que promulga decretos, mas depois diz que não concorda com eles, que promulga um orçamento de Governo, mas depois incita  os prejudicados a virem para rua. Como é? Temos um Presidente arruaceiro? Essa é a função dos sindicatos, não a do Presidente da República.

Não quero um Presidente que se arma em sério, mesmo muito sério, cuja seriedade é invocada para a recusa em dar explicações convincentes sobre o que o acusam e deixou ficar o caso das escutas em nublosas interpretações!

Eu votei Alegre, não convicto de que ele iria ganhar, mas porque votarei sempre pelos valores da República, em que ninguém é mais que ninguém, que considera que os cidadãos, que se propôem a  ser eleitos, devem servir a República e não dela servir-se.

Votei Alegre,  e votarei sempre em quem represente um maior equilíbrio entre o Homem-Ser e o Homem-Ter.  Eu privilegio o primeiro não o Homem-Ter, porque o que glorifica a vida de um homem é o que ele foi e não o que ele teve!

Sou pela supremacia do interesse colectivo sobre o privado e não ao contrário.
Dando de barato que Cavaco seja sério, acho que ele tende a ceder mais aos privados e alinhar na filosofia do cada um que se desenrrasque, deixando os fracos, os desprotegidos entregues a um deus dará, confiando mais na iniciativa privada e enfraquecendo a do Estado!

Por fim, não quero um Presidente, que no seu discurso de vitória, em vez de tentar de imediato unir os portugueses, não se coibiu de dar alfinetadas ao carácter dos (rancoroso, chamou-lhe Mário Soares) seus adversários.
Cavaco tem legitimidade para ser representante de Portugal, mas não de todos os portugueses. Ele não é o meu Presidente.

Aliás, com a maior abstenção de sempre e com  os votos nulos e em branco, assim  como os votos expressos noutros candidatos, é-o apenas para pouco mais de 20% dos eleitores. Aliás, Jaime Gama, a segunda figura do Estado, tem maior representatividade do que o Presidente da República, porque eleito entre o universo da maioria dos eleitores portugueses, não entre uma minoria!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

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