segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Latidos poéticos




Na escrita do deve e haver
Entre forte e fracos,
Os fortes têm casa de poder
Os fracos são criados de quartos!

Entre senhorios e inquilinos
Há sempre as questões:
Serem os senhores uns cretinos
A imporem as condições!

Quando os fracos vão à justiça,
Buscando da moral o norte,
Depois de muita liça
Quem vence é o mais forte!

Quem senhores anda a servir
E algum poder deles toma,
Acaba por casa de poder construir
E senhor também se torna!

Os fracos reivindicam direitos
Mas os fortes impõem tortos,
Após guerras e pleitos
Milhões de fracos são mortos!

E a poesia?
Que faz a poesia na vida?


A poesia nunca governou vida
Nem governos soube governar,
A poesia é canção de fracos, ” latida”
À caravana do poder a passar!

Nunca se soube de governos de poetas!
Embora governos tenham alguns,
Mas, decretos publicados em poemas
Nunca se soube de nenhuns!

Como mera opinião,
De tudo o que na vida vi,
Tenho como conclusão:
Que quem anda a servir outros,
Deve aprender,
Rapidamente ou aos poucos,
A ser senhor de si!

Não adianta ao deus dos fracos rezar
Para ter sorte de se tornar mais forte,
Pois são os fortes que fazem o altar
Onde os fracos os vão adorar!


O fraco esquece
Que o poder não está em quem manda,
Mas sim em quem obedece,
E se não obedecer a quem manda
A roda ao contrário desanda!
Depois, novamente,
Os fracos reivindicarão direitos,
Os fortes imporão tortos!
Assim sempre será
Enquanto houver gente;
Fracos a obedecer,
Fortes a mandar,
A mandarem fazer grande altar
Para os fracos os adorar!

Eu era para falar de esperança,
Mas a esperança está em coma
E poesia não é coisa que se coma!

Por tudo que já vi,
Quem não quer ser doutros
Tem que ser senhor de si!

Quem anda sempre mandado
De mandado não é cansado!

Os fracos reivindicam direitos!
Os fortes impõem tortos!

Nunca se soube de governos de poetas!
Embora governos tenham alguns,
Mas, decretos publicados em poemas
Nunca se soube de nenhuns!

Por tudo que já vi,
Quem não quer ser doutros
Tem que ser senhor de si!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar

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