Não gosto de padrecos nem acredito naquilo que, profissionalmente, eles representam tal qual acontece com a iurd.
A D. Armindo, que eu recordo sempre vendo-o um padre jovem a subir do seminário maior para o Terreiro da Sé, a dar um nó na batina e jogar a bola connosco num tempo em que se ia preso por jogar a bola na rua, eu devia esta homenagem.
Antes do 25 de Abril de 1974, D. Andrade substituía o exilado D. António Ferreira Gomes, por diversas vezes vi aquele que viria a ser D. Armindo bispo do Porto intrometer-se na vida quotidiana das gentes do morro da sé, era homem para ralhar em plena rua se preciso fosse, era também homem para, a pedido ou por iniciativa própria, se deslocar à esquadra a saber que tinha acontecido com este ou aquele, nunca conheci nenhuma atitude sua que fosse contra os mais fracos, se fosse preciso barafustar para as pessoas aprenderem ele não se acanhava, voltava ao seu tom normal de pessoal muito calma como se nada se tivesse passado. Quem não gostava muito dele eram as beatas, era recíproco.
Homem que mandava afastar os poderosos para deixar passar o Povo, que gostava mais que eu do Futebol Clube do Porto, de D. Armindo eu já tinha saudades antes mesmo de ele morrer.
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