Portugal, país católico, Cheio de santos e de santidades E de milagres, desde os sarracenos, Até mereceu a visita de Nossa Senhora, Mas, a verdade é que nunca, desde Cristo, Nunca um rei mago houvera visto!
Portugal esperou, Esperou, Desde a Monarquia até à República E desde a revolução de Abril até agora, Mas, mereceu a pena, porque, ao fim ao cabo, Como melhor prenda, Mereceu a visita dum rei mago; O magro Gaspar para Belém adular, Logo nomeado ministro, Porque oferecera mirra a Cristo, O símbolo da pureza!
Portugal Ficou cheio de contentamento Ao ouvi-lo falar no Parlamento, Com paciência e sapiência, Dizer que cintos era preciso apertar Taxas e impostos aumentar, E poupar, poupar, Para pagar o empréstimo para mirra comprar, Que há dois mil anos oferecera a Cristo.
Foi um espanto geral, Afinal, ninguém soubera disto! Mas o magro Gaspar, Quando contestado dá o exemplo, Mostra-se muito mirrado E quer que Portugal fique no seu estado; Também mirrado!
Mas, quando será Que este Gaspar seguirá outra estrela, Das muitas que o céu tem, E que deixe ceias de pobres taxar Para levar mirra a Belém?
Que vá para outra banda, ou então, Como alguém propôs, da oposição, Que passe a sede de Portugal para a Holanda Ou afins, Como fez a Jerónimo Martins. Isso sim, é que seria um Pingo Doce no azedo do dia!
Mas, assim, Ó Gaspar, vai-te lixar.
À Nossa Senhora continuaremos a rezar …………………xxxxxxxxxxxxx………… Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (figas de saint pierre de lá-buraque)
Ó Gaspar, assim, vai-te lixar.
ResponderEliminarPortugal, país católico,
Cheio de santos e de santidades
E de milagres, desde os sarracenos,
Até mereceu a visita de Nossa Senhora,
Mas, a verdade é que nunca, desde Cristo,
Nunca um rei mago houvera visto!
Portugal esperou,
Esperou,
Desde a Monarquia até à República
E desde a revolução de Abril até agora,
Mas, mereceu a pena, porque, ao fim ao cabo,
Como melhor prenda,
Mereceu a visita dum rei mago;
O magro Gaspar para Belém adular,
Logo nomeado ministro,
Porque oferecera mirra a Cristo,
O símbolo da pureza!
Portugal
Ficou cheio de contentamento
Ao ouvi-lo falar no Parlamento,
Com paciência e sapiência,
Dizer que cintos era preciso apertar
Taxas e impostos aumentar,
E poupar, poupar,
Para pagar o empréstimo
para mirra comprar,
Que há dois mil anos oferecera a Cristo.
Foi um espanto geral,
Afinal, ninguém soubera disto!
Mas o magro Gaspar,
Quando contestado dá o exemplo,
Mostra-se muito mirrado
E quer que Portugal fique no seu estado;
Também mirrado!
Mas, quando será
Que este Gaspar seguirá outra estrela,
Das muitas que o céu tem,
E que deixe ceias de pobres taxar
Para levar mirra a Belém?
Que vá para outra banda, ou então,
Como alguém propôs, da oposição,
Que passe a sede de Portugal para a Holanda
Ou afins, Como fez a Jerónimo Martins.
Isso sim,
é que seria um Pingo Doce no azedo do dia!
Mas, assim,
Ó Gaspar, vai-te lixar.
À Nossa Senhora continuaremos a rezar
…………………xxxxxxxxxxxxx…………
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)