Ano novo; uma prenda.
Como é bom ter a ilusão
De que no tempo da nossa vida,
Cada ano novo é prenda querida,
Que nos dão.
A mim,
Cada ano novo que me dão,
-Como prenda -
Agrego aos velhos passados,
Que vivos em mim estão
E não pagam renda!
Cada ano novo, que me dão,
Tem 365 laços,
Que cada um em cada dia desfaço!
Quando chego ao último,
Rasgo o laço, papel e tudo,
Para ver da prenda seu conteúdo,
Só então é que vejo se o ano foi bom ou não
Enquanto à porta ouço doze pancadas;
É outro ano novo desejando -me boas entradas
E uma prenda me vem entregar,
Com 365 laços para deslaçar!
Todos os anos é assim
Junto o ano novo, como prenda,
Aos outros que vivem em mim!
Mantendo a ilusão;
Que boas são as prendas que me dão
sem delas pagar renda!
sem delas pagar renda!
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Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
E como esta prenda se consome rápida! Escoa-se pelos dedos como a água num passador. Digo eu, para quem a segunda-feira aparece logo no dia seguinte.
ResponderEliminarQue é feito da "malta"?
Afastamento por lesões ou abandono da carreira?
Ora vamos lá a limpar as teias de aranha do blogue!
A.M.