Crise leva empresas a adiantar salários e a conceder empréstimos a trabalhadores – a notícia.
Aparentemente trata-se de um acto humanitário.
Quem terá coragem de criticar tal atitude quando ela se destina a ajudar um chefe de família que já perdeu o crédito no talho e na mercearia?
Ninguém. Nem eu tão pouco.
Contudo não posso deixar de me emocionar com situações como esta.
Emocionar e revoltar.
Vendidos ao desbarato alguns bens acumulado e empenhados os anéis, o relógio de cuco e os brincos que oferecera à mulher num dia de aniversário, o trabalhador vê-se, por fim, obrigado a empenhar a única coisa que lhe resta: A FORÇA DE TRABALHO.
Talvez nunca mais se possa desempenhar e fique toda a vida amarrado para pagar com juros tal empréstimo.
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