Volta a falar-se do diabo!
O Mafarrico era um querubim antes de se ter rebelado contra Deus.
Nunca foi levado em linha de conta se essa atitude não teria sido um mal entendido com algum Serafim, que despeitado o classificou abaixo da média para julgamento do Conselho Divino, impedindo-o de progredir na carreira. Este assunto devia ser estudado pelos teólogos oficiais dos representantes de Deus neste mundo, que, para ser de cão, já lhe falta muito pouco.
Então e os disfarces?
Como ir à missa dominical, ter o quadro da Ceia do Senhor na sala de jantar, a bíblia na mesinha de cabeceira e as benzeduras antes das refeições, provarão porventura que não estamos perante um Belzebu no último ano da Escola Superior de Teatro?
Ó pra mim! Aqui antecedido por representantes do mal, tal como foi recriado, com forma humana, para que ninguém duvidasse que ele poderia ser o nosso vizinho, a mulher da hortaliça, o carteiro, o nosso amigo de infância... ou eu mesmo.
Talvez seja!
E olhando para Sócrates a ser julgado pela má gestão dos dinheiros públicos (como já se propõe numa petição a circular na Net) não me admiraria que o acusado, olhando à sua volta, se interrogasse:
- Então qu’é dele os outros?
A.M.
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