Um espaço entalado entre efígies repetitivas de Cristo é preenchido sistemática e metodicamente, por ataques a Sócrates e aos seus companheiros mais próximos, feitos de uma forma violenta, desumana e tão perversa que, embora nunca tenha votado PS, condeno com veemência.
Por uma questão de formação sou incapaz de insultar alguém da forma torpe e insidiosa que ali, naquele religioso espaço, se pratica quase diariamente. É como se o diabo à solta tivesse ocupado a área sem qualquer temor e respeito pela lateral vigilância e não permitisse o mínimo acto de indulgência ou de humanidade.
Como é evidente não acredito em Deus e tão pouco no Diabo, a não ser aqueles, um e outro, que vivem no interior de cada um de nós e determinam a nossa maneira de estar na vida.
Naquele espaço, Ana Gomes é acusada de ter ligado Paulo Portas aos meios de prostituição masculina.
Procurei com afinco encontrar em diversos lugares as declarações de Ana Gomes em que tal acusação tivesse sido, pelo menos, indiciada.
Não encontrei.
Parece, segundo li algures, que o “Paulinho das Feiras” como é carinhosamente reconhecido, encarregou Garcia Pereira de analisar as declarações de Ana Gomes no sentido de encontrar, ou não, alguma coisa que justificasse elaborar um processo contra aquela senhora.
Talvez o autor possa dar uma ajuda ao Garcia.
É pena que o nível linguístico, o sarcasmo e a ironia inteligente, a surpresa constante pela terminologia usada e por vezes reinventada e transformada sirvam para prestar tal serviço.
Não me importa a quem.
Só condeno o método.
Com alguma amizade, apesar de tudo.
A.M.
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