Antigamente, no tempo das faúlhas, havia o maquinista e o fogueiro. O maquinista conduzia o monstro e prestava atenção aos semáforos. O fogueiro, às pazadas ateava o lume para aumentar a pressão na caldeira.
Os modernos fogueiros ateiam as hostes futebolísticas para aumentar o facciosismo e o ódio entre os adeptos dos clubes.
Não contem comigo!
“O autocarro do FC Porto foi recebido pelos adeptos no estádio do dragão com o lançamento de petardos, depois de a equipa ter perdido ontem à noite com a Académica por 3-0.”
"Vítor Hugo, acusado de tentar entrar no Estádio da Luz com um petardo no jogo de futebol Benfica -FC Porto viu a sua pena de sete meses de prisão ser transformada em 210 dias de multa, num total de 1.260 euros.”
“Um very light lançado por um adepto benfiquista atingiu, do outro lado do estádio, Rui Mendes. O engenho explosivo, que percorreu mais de 130 metros na horizontal, matou o adepto do Sporting, num dos casos mais negros de que há memória no futebol português. Hugo Inácio foi o autor do disparo, que se revelou mortal.”
Aquilo a que os adeptos do Sporting chamam jaula é o mesmo que o queijo (se pensasse) chamaria à rede que o protege das moscas. Por isso, os dirigentes e adeptos do Sporting deviam agradecer a colocação da rede que os protege dos petardos e very lights lançados pelas torcidas encarnadas.
Ou já se esqueceram do very light?
Enquanto gastamos briquetes com estas ninharias os verdadeiros e importantes problemas do nosso tempo passam-nos ao lado e só lhes vimos os rabos. A.M.
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