sábado, 16 de abril de 2011

O FMI não quer ser cravado!

O FMI NÃO QUER SER CRAVADO
Quem ajudou a combater mouros
Um condado herdou,
Seu filho, para conquistar Lisboa
Teve ajuda de cruzados,
Foi tudo à espadeirada
Para monaquia ser alargada, para sul,
Para ter mais céu azul!
Mas, para manter a independência,
Já em Aljubarrota,
Vieram mais ingleses, em sua frota,
Ajudar-nos a ser portugueses,
Não espanhóis,
E os mesmos ingleses,
No tempo de Napoleão
Tornaram a segurar a nação,
O reino ficou mias seguro
E eles garantiram bebedeiras do maduro
Do país, que por mares já se tinha estendido
E enriquecido,
Não com trigo nem indústria,
Mas com a riqueza das especiarias,
Do açucar, do café, do cacau.
Com o ouro da mina,
Os reis não desenvolverem o o País,
Mas fizerem Batalhas,
Jerónimos e Mafras em cada esquina!
Nossos reis foram sempre gastadores,
Da pompa imitadores,
E mesmo após a República
Continuou a mesma farra,
Sem ninguém saber tocar guitarra!
Quem sabia era um ditador,
Mas com 40 anos no poder sentado,
Dizendo que Angola era nossa,
Deu com as costas no sobrado!
Veio o 25 de Abril,
Portugal pensou que era do baril!
Mais tarde até foi bué de fixe!
Nos jardins havia cravos,
Que foram as balas dos soldados
Houve alegria e farra
À grande e à francesa!
As couves vinham de Bruxelas
O trabalho que se lixasse!
Havia sempre quem pagasse,
Quem subsidiasse
Até que Portugal descobriu
Que havia um senhor; o FMI,
Que foi chamado aqui,
Para nos dar uma mãozinha,
Para nos endireitar as costelas,
Mas teve que vir outra vez,
Porque os Portugueses
Estavam outra vez nas lonas
E outra vez cheios de mazelas!
Agora, novamente,
Pela terceira vez,
O FMI está aqui!
Desta vez nem se vai festejar o 25 de Abril,
Porque, haver cravos há,
Mas o FMI para cravos dinheiro não dá,
Não querem ser cravados!
Para uma Revolução
Já não há soldados,
A maioria está na reserva
Com recibos verdes na mão,
Que com eles fazem balas de papel,
Porque para balas a sério não ganham,
Nem para pão!
Mas, para princípio de guerra,
Pode-se, para começar,
mandar o FMI à merda.
O que é preciso é inventar novas palavras,
Novos gritos,
Novas atitudes,
Para defender a nossa terra,
O nosso mar!
Sim,
nós somos heróis do mar,
Heróis do dever,
Heróis no pagar!
Heróis de andar de pé,
Mas não no rastejar!

Se preciso for, todos,
Mesmo todos,
Desta vez dividem uma sardinha por três!

Depois que se lixe!
Não importa que fechem os ginásios.
Ficaremos todos na linha!
Desde que haja uma sardinha
Para cada português dividir por três!

Portugal voltará a ser bué de fixe!
..................xxxxxxxxxx...........................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint piere de lá-buraque)
16/04/2011

3 comentários:

  1. Meu caro Figas:
    Li, reli, meditei e pensei cá com os meus botões: «lirismo do mais genuíno...».

    Contudo,
    Há alturas em que o lirismo deve ser subalternizado. O país está de rastos.«À rasca». Há crimes de corrupção sempre impunes. Fala-se em «urgencia» e logo são entregues as empreitadas aos Motas e aos Soares da Costa do costume.Ultrapassam-se regras, viciam-se métodos, abastarda-se a democracia.O país precisa de controlo apertado das despesas. Os sanguessugas não podem continuar a viver à custa da grei. É preciso impor outra lei.

    Cá, não foram capazes. Apesar dos gritos de Marinho Pinto e Maria José N Pinto (honra lhes seja feita...) os deputados fazem leis permissivas, geradoras de clientelismos sórdidos.
    É por aí que há que cortar. Se o FMI for por aí, começar a flexibilidade nos políticos, a coisa vai melhorar de certeza.«EM NOME DO POVO»...
    O esbanjamento de recursos públicos com vícios privados e festarolas de arromba à custa do zé, tem de terminar. Já basta de lirismos...
    Um abraço de amizade do (agora menos «lírico»)

    rouxinol de Bernardim

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  2. Adenda: Errei ao dizer Maria José Pinto. ERA:

    MARIA JOSÉ ... MORGADO! Obviamente!

    http://rouxinoldebernardim.blogspot.com/

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  3. Ó Rouxinal. Um abraço.
    Mas a coisa é tão séria que só pode dar para rir, e para rir não precisamos do FMI, rimo-nos com os palhaços daqui! Melhores não há!
    Agora, a sério, bem era preciso fechar todas essas off-shores. Afinal, o conceito é mesmo: É a nova versão dos piratas que roubavam e depois escondem os tesouros nas ilhas, com mapas secretos! É preciso enforcá-los no mastro mais alto!
    Figasabraço

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