Hoje falamos de memórias, está bem. Diz-se que a memória está guardada no sótão, mas não sei se concordo. A minha foge de mim como uma centopeia a rabear à luz do dia, quando é expulsa debaixo de uma pedra. Às vezes penso que em vez de estar no sótão, onde se guardam as coisas velhas, anda-me mas é debaixo dos pés, espezinhada e calejada à força de sapatilha e sapato, cada dia mais de cunha por causa da coluna. A malvada já não suporta tacões, que me mordem como víboras mal os calço. No sótão só lá vejo pó, papéis velhos amarelecidos pelo tempo e quando preciso da memória para fixar alguns dos verbos irregulares em inglês, ela faz-me um enorme manguito. É só, again, again and over again, mas nem assim lá vou. Ah, como eu precisava daquela memória de outras eras, quando tinha mil e um números de telefone na cabeça, ou quando, no primeiro teatro da escola, decorei o meu papel e mais quatro de outras tantas artistas, divulgando-os na rua antes da estreia! E isso quase me valeu uma expulsão!... Digo quase porque, quando me puseram a ensaiar sozinha com a encenadora mor da casa de beatas lá do sítio, auto expulsei-me. Não suportei a humilhação, quando tudo poderia ter sido resolvido com palavras e bom senso.
- Fecha a matraca, Rafaela, a peça tem de ser mantida em segredo para criar suspense no auditório.
Fora isso, tenho as memórias do Desabafe Connosco, da Porta dos Talentos, das boas conversas de papel que por lá havia, dos comentários, bons e maus, dos amigos que fiz, dos que andam por aqui, perdidos e achados. Ah, e do Cãodómino que hoje a memória de alguém ( abraço, Mata...julgo), trouxe à minha memória.
Curiosamente, um dia destes, veio-me à ideia uma oferta de edição de um livro.... Não sei o que então disse, talvez tenha simplesmente agradecido e esquecido o assunto, por não ser ainda tempo do prelo para o meu Plágio do Livro Roubado. Todavia, acho que chegou a hora de editar, num único, os dez mil exemplares a que o mesmo deveria ter direito depois de tanta javardice.... E, se não for pedir muito, se a oferta ainda se mantiver de pé, por que não a revisão que se impõe? Enfim, uma vírgula a mais ali, qualquer coisa faltando, etc, etc.
E, para além disto, é Abril, eu já não sou administradora do condomínio, graças a Deus e se o o meu sótão não me falha, com aquele baú velho onde ainda guardo umas coisinhas, há umas memórias a comemorar este ano. Preciso de saber quando e onde, porque o porquê toda a gente sabe. Trata-se de rever os amigos que a vida colocou no nosso caminho com um simples clique a que, de repente, alguém resolveu dar corpo e alma.
Abraços a todos, de corpo e alma, ainda com alguma memória dentro....lol
Julga e julga bem. A ideia era essa: despertar os espíritos ocupados pela rotina do dia-a-dia para virem dar algum ânimo ao espaço criado para prolongar o pouco tempo de convívio real entre os “tertulianos” que ainda restam.
ResponderEliminarA memória (à esquerda) é do Figas e o nascimento a ferro e fogo é da Filó.
Os lírios regressarão a seu tempo, se mais ninguém usar o poder que tem para alterar o “frontispício” do blogue.
Da minha memória começo a duvidar: lembro-me muito bem do nome dos meus antigos colegas de turma, mas não me lembro do que a minha mulher me pediu para comprar quando há minutos saí de casa. Eu conheço os sintomas do “Al” e por isso me preocupo.
Do inglês não praticado já se foi quase tudo o que aprendi quando foi necessário. Atualmente estou mais interessado em escrever segundo a nova ortografia só para combater o fundamentalismo do Vasco. Ah, e também ando a aprender internetês. Quem me levou a isto foi a “Corujita”. Agora já sei o que significa lol: laughing out loud. Andei intrigado uma data de tempo.
Claro que continuo a ser editor de exemplares únicos para familiares e amigos. Venha o material!
A.M.
Pois muito bem, 10 000 obrigados e no dia 1 de Abril, se ninguém me engana, lá vou eu tratar de mandar o bichinho.
ResponderEliminarE as coordenadas encontro-as....???
Vamos lá ver onde é que as encontro...
Abraço aqui do sótão, que, pelos vistos, a partir de uma certa altura começam todos a ser muito parecidos...Lol
Rafaela Plácido que, um dia destes, pela sua afilhada de seis anos, foi rebaptizada de RAFAELA PLÁSTICO - LOL
Para não perder tempo com as coordenadas: ajmata20@netcabo.pt
ResponderEliminarao seu dispor.
Que fantásticos que vós sóis LOL
ResponderEliminarVeijios
Estou a morrer por este próximo fim de semana, chiça!!!
Que saudades de andar a correr atrás do compasso...
Memória
ResponderEliminarMemória é sótão,
Onde guardamos lembranças
De desgraças e de esperanças do passado,
É harpa que tocamos, a solo,
Para nosso consolo!
Memória; sótão,
Aonde subimos
E paramos, absortos,
Lembrando o que no passado fizemos ou sentimos.
Somos o centro da tela da nossa memória,
Onde os factos vão acontecendo
E o espaço circundante preenchendo!
No final,
Na tela da nossa memória, em exposição,
Mostramos o que fomos:
Derrota ou glória no que somos,
Sendo o centro da nossa memória!
E se noutra memória ficarmos
Será a nossa glória!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint Pierre de lá-buraque)
Gondomar