segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Europa;  linha férrea com dois comboios.
Quando se aceita entrar para uma Associação é para cumprir seus estatutos e, dentro dela, democraticamente , participar na sua evolução, engrandecendo-a. Caso contrário, não cumprindo os Estatutos aprovados, só resta desistir de sócio ou ser expulso!
 No caso da Europa, conceito geográfico que define uma área territorial com diversos povos nelas instalados, a evolução, impulsionada pela Revolução Industrial, levou ao reconhecimento mais assertivo do princípio de que a união faz a força. Daí estarmos num mundo actual em que tudo é global; seja o sistema financeiro, o industrial, o económico e, a quase livre circulação de pessoas entre os Estados.
As raízes da lenta aproximação dos povos europeus, teve origem nos interesses económicos dos seus seis primeiros fundadores, neste caso sobre a política comum do carvão e aço.
 Constatando o benefício de tal união, a comunidade europeia foi-se alargando numa perspectiva de mútuos benefícios de desenvolvimento nas áreas económicas, embora não tanto na, cada vez mais desejada, parte política!
A defesa do interesse colectivo da Europa sobre o individualismo de cada país, nela integrado, precisa de se fortalecer para fazer face a outros gigantes territoriais e económicos, como a China, EUA, Índia, Rússia, Brasil, etc. Se as vantagens progressivas, até aqui verificadas, levaram à constituição da criação duma moeda única e as vantagens daí resultantes, torna-se necessário fortalecê-la corrigindo factores que evitem a sua fraqueza!
 A evidência do mundo actual, em que tudo é global, mostra que as respostas devem ser globais, havendo cada vez menos lugares para interesses individuais, mas sim a tomada de medidas que a todos interessem minimamente sem beneficiar algum país, em particular, maximamente.
 No caminho lento de maior unidade social económica e política, convergindo para um maior federalismo europeu, a actual crise do euro demonstrou que há muito a corrigir nos comportamentos político-económicos de alguns dos seus membros! O último acordo, de vinte e seis países, à excepção da Inglaterra, sobre a necessidade de maior disciplina sobre os orçamentos de cada Estado e a sua execução, mostrou que a Europa não quer perder a sua moeda única e a sua influência mundial.
Nem todos os países pertencem à EU, mas quem quiser entrar apanha um comboio, com características uniformes nas suas carruagens, enquanto que noutro comboio, que quer utilizar a mesma linha, composto por carruagens diferentes, ainda se discute sobre os horários e paragens nas estações, apeadeiros e quais as moedas a utilizar no bar!
Eu acho que, depois dumas noites bem dormidas, a Inglaterra acabará por entrar na moeda única e suas regras, porque sua economia imperial e sua libra tendem  a reduzir sua influência perante   o poder duma Europa cada vez mais unida! A união faz a força. Além do mais Inglaterra já conquistou uma grande vitória: os comboios andam pela esquerda, não só na Europa como em todo o mundo!
Não se pode ter tudo, e uma coisa é fazer comboios, outra é comportar-se dentro deles.
Não esquecer que os comboios têm chefes!
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Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar

2 comentários:

  1. Pois eu te digo caro amigo que os "bifes" nunca entrarão na moeda única. O que vai acontecer, e ainda estaremos cá para ver, é o euro esboroar-se e cada um voltará à sua antiga moeda.
    Não desprezar a hipótese de a Alemanha ser a primeira a retornar ao marco.
    Admiro o teu optimismo!
    Um abraço.
    A.M

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  2. Olá Mata. Tudo bem? Caramba, o que se precisa é de otimismo. Lá por termos o Fado como património imaterial da humanidade não quer dizer que estejamos sempre a cantar o fado do desgraçadinho!
    Vais ver que a Alemanha ainda vai ser nossa! Arranja-se um Dom João jeitoso (melhor que o Sarkozy) e a Merkel vai cair ppelo beicinho.
    FigasAbraço

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