sábado, 29 de dezembro de 2012

A mula do pai do Moreira

Vamos animar esta coisa? Verifico que alguns "clientes" deste espaço desapareceram (como eu próprio), mas continuam vivos apesar de Passos de Coelho continuar a a pensar em nós como matéria morta e em putrefação. Façamos mais um esforço para lhe criar azias e muito más digestões mantendo-nos vivos.
Mudei o visual do blogue para refrescá-lo, a ele e a mim que bem preciso!

Entretanto, aproveito para assinalar que um amigo nosso do tempo do JN continua a contatar-me amiúde para saber de vós; quer cumprimentar alguns de vós particularmente. Ainda continuo a pagar as favas. Eu que era o mais educadinho!?

Por isso:
O que se passa António?
Eu vos digo.
O pai do Moreira tinha uma mula. Quando o Moreira adormecia e via que não tinha tempo de chegar antes do toque da cabra para o início das aulas, ia de mula. Amarrava-a a um poste de eletricidade junto ao... muro do colégio. No intervalo das aulas enfiava-lhe um saco com favas no focinho para lhe encher o depósito.
Quando havia um furo entre as aulas o Moreira, à vez, deixava-nos cavalgar o equídeo. Era uma festança!
Quando ia a trote não havia problema, portava-se muito bem, mas quando a galope tinha uma querença que nunca conseguimos contrariar.
Assim que via uma rua á direita não hesitava, guinava imediatamente para a tomar e o cavaleiro não conseguindo dominá-la com as rédeas, era projetado do selim.
Só obedecia ao Moreira, o que me leva a crer que a mula, matreira, só queria ser montada por ele.
Há sempre uma razão para evocar episódios do passado como me aconteceu hoje.
Tenho um armazém com a tabuleta por cima da porta “Durindana”. Era para ser um espaço concorrido mas pouco tempo depois decidi usá-lo apenas para recriar os desabafos que coloco noutros espaços, pelo que não procuro mantê-lo limpo e arrumado.
Todavia tinha a porta aberta, como na Ilha das Flores, onde nem de noite se fechava a porta e quem passava abria-a para ver as horas no relógio da sala… nos anos 40, como é de calcular.
Por essa razão uma mula mal parida passou a entrar-me pela porta do armazém onde aparece para defecar quando a diarreia mental fica incontrolável deixando-me o chão do armazém numa autêntica vergonha. Já pensei se não seria uma mula-sem-cabeça, duende em forma de besta e com três pés que anda por aí a vaguear, qual alma penada sem eira nem beira.
Tem todavia um nome! Não um nome próprio. Nem sequer o sobrenome. Identifica-se por “averdadedoi” pelo que não é difícil calcular onde lhe doi já que vive com um mu muito bem dotado.
Acabei!

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