A introdução de 
uma nova prova de aferição já na parte final dos testes obrigatórios à 
candidatura a agentes da secreta de Portugal está a deixar o Ministro da 
Administração Interna de olhos esbugalhados e cabelos em pé. 
Ao ordenado, 
acima da média, são acrescentados vários subsídios devido ao risco a que podem 
estar sujeitos os agentes secretos acabando por perfazer uma remuneração 
apetecível, se à parte material acrescentarmos algum espírito de aventura e a 
eventualidade de conhecer outros países, estará encontrada a base da grande 
afluência de candidatos sempre que o SIS abre concurso para incorporar novos 
operacionais. Mesmo a obrigação de 
possuírem (e atestarem) um passado impoluto não reduz o número de pretendentes 
sendo a oferta muito superior às necessidades, sou entretanto obrigado a afirmar 
(devido aos factos recentemente relatados pela comunicação social) que este 
último requisito é desleixado aquando do recrutamento das chefias, se calhar 
porque dependem de nomeação política. 
Era tudo um mar 
de rosas até ao derradeiro concurso, nele foi introduzida uma nova prova 
destinada a aferir a coragem dos futuros operativos, os aspirantes deviam 
disfarçar-se de senhora idosa e aceitar boleia de DL, foi a debandada 
total.
(ficção)

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